Cristas diz que foi o PS quem impediu que grandes devedores da CGD fossem conhecidos
O Parlamento já podia ter tido conhecimento dos titulares dos grandes créditos concedidos há dois anos, condena a líder centrista.
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A líder do CDS/PP, Assunção Cristas, manifestou "perplexidade" pela decisão do Partido Socialista, que admitiu abrir uma nova comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), acusando os socialistas, e os partidos à esquerda, de no passado terem bloqueado o acesso dos deputados à lista de devedores.
"Há dois anos, em janeiro de 2017, estavam o Partido Socialista, o PCP e o Bloco de Esquerda a fechar a comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, a bloquear que os deputados e aquela comissão de inquérito tivessem acesso à lista dos grandes devedores da Caixa, estes que agora aparecem na lista da auditoria que nós não conhecemos oficialmente", afirmou Assunção Cristas no discurso de encerramento das jornadas parlamentares do CDS que terminaram esta terça-feira em Braga.
O Parlamento, acrescentou, podia já ter tido conhecimento dos titulares dos grandes créditos concedidos "há dois anos e há dois anos que podia ter feito ação significativa e oportuna".
Apesar do tempo decorrido e a seis meses do fim da legislatura, a líder centrista afirma que "não sei se ainda é tempo mas sei que será sempre tempo para descobrir a verdade", reiterando que o partido está disponível para apurar toda a verdade.
"Estamos sempre do lado de quem quer saber tudo e descobrir toda a verdade, de quem quer garantir que o que se passou não se voltará a passar e de quem não tem medo das consequências doa a quem doer", acrescentou.
A presidente do CDS aguarda que a auditoria chegue ao Parlamento para poder escrutinar o documento. "Quem obstaculizou e bloqueou há dois pois ponha a mão na consciência agora. Pelo CDS sempre até às últimas consequências", rematou.
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