Assunção Cristas diz que a decisão "já estava tomada há muito tempo". No discurso em que anunciou que vai concorrer a liderança ao CDS disse que quer um partido "assente na democracia cristã e focado na resolução concreta dos problemas dos portugueses", preocupado em crescer e ser "alternativa robusta" ao Governo apoiado pelas "esquerdas radicais".
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"Depois de uma profunda reflexão" Assunção Cristas avança com uma candidatura à liderança do CDS com o apoio da família e de muitos militantes e simpatizantes que "ajudaram, pela palavra e pela atitude".
A decisão já está tomada há muito, garante Assunção Cristas, quando questionada pelos jornalistas sobre a influência das palavras de Nuno Melo (o eurodeputado anunciou esta Quinta-feira, em conferência de imprensa, que não seria candidato).
Numa curta declaração, a antiga ministra da Agricultura justificou a candidatura com a "profunda convicção de que deve continuar a servir a causa pública" e com a vontade. Sabe que em política "nada se faz sozinho" e "o CDS precisa de todos".
Não faltaram os elogios, primeiro a Nuno Melo "cujas qualidades continuará a revelar com brilhantismo na linha da frente do combate político do CDS" e depois a Paulo Portas "pela sua extraordinária dedicação ao partido e ao país, que a todos nos motivou".
Assunção Cristas lançou um primeiro desafio: "continuarmos uma oposição forte, inteligente, estruturada, fundada em argumentos válidos e focada em alternativas construtivas(...)Seremos, pois, firmes na oposição e construtivos na governação."
Para o diretor da TSF, Paulo Baldaia, Assunção Cristas é a melhor candidata para suceder a Paulo Portas e para promover o distanciamento pacifico do PSD: "é conseguir fazer um divórcio amigável no sentido de que o CDS já não vai a eleições sozinho desde 2011.
Não se consegue perceber o que vale o CDS. De todos os candidatos possíveis para suceder a Paulo Portas, Assunção Cristas é a que tem mais condições para impor a sua liderança porque é mulher, porque é recente no partido e não tem a lógica do aparelho. (...) é claramente a candidata que tem mais condições para afirmar uma liderança diferente".