"Dados pessoais podem estar em causa." IL vai questionar Governo sobre ciberataque à AMA
O partido liderado por Rui Rocha quer saber que medidas o Governo vai tomar para prevenir novos ataques. À TSF, a deputada Patrícia Gilvaz refere que é preciso garantir que os dados pessoais dos cidadãos estão em segurança
Corpo do artigo
A Iniciativa Liberal vai enviar esta quarta-feira sete perguntas à ministra da Juventude e Modernização sobre o ataque informático à Agência para a Modernização Administrativa (AMA), tutela da qual este Ministério é responsável. A notícia foi avançada pelo Diário de Notícias e confirmada pela TSF.
Em causa está o ataque informático que as infraestruturas da AMA sofreram na passada quinta-feira, dia 10 de outubro, que afetou várias plataformas e serviços digitais como a aplicação id.gov.pt e a plataforma gov.pt, o portal de serviços públicos do Estado.
No dia do ataque, a “AMA ativou, imediatamente, os protocolos de segurança para resposta a este tipo de ataques junto de autoridades nacionais competentes em matéria de cibercrime e cibersegurança, a Polícia Judiciária e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS), respetivamente".
À TSF, a deputada da IL Patrícia Gilvaz diz que, apesar de a ministra Margarida Balseiro Lopes ter afirmado que tudo indica que os dados pessoais não estão em causa, o partido considera que é preciso garantir que os dados pessoais dos cidadãos estão em segurança.
“Podem estar em causa dados pessoais. E apesar de a ministra dizer que, ao que tudo indica, não estão em causa, não podemos ficar pelo ‘tudo indica’. Temos de ter a certeza de que não estão mesmo em causa. Por isso mesmo, há aqui um conjunto de questões que devem ser esclarecidas para percebermos se o Estado está a fazer tudo o que pode para acautelar os atos pessoais dos cidadãos portugueses”, sublinha.
Patrícia Gilvaz adianta que o partido, liderado por Rui Rocha, quer saber “que medidas de mitigação estão a ser adotadas medidas de resolução em relação ao ataque que aconteceu, se estão a ser prestado apoios às entidades que sofreram com este ataque, e também aos indivíduos que foram afetados e perceber ações preventivas".
A ministra Margarida Balseiro Lopes afirmou esta terça-feira que a resolução do incidente decorre a bom ritmo, com uma equipa a trabalhar de forma exaustiva. O Governo garante que, até ao momento, não existe "exfiltração de dados". Contudo, o problema só deverá estar completamente resolvido na sexta-feira.
No dia do ataque, a AMA informou "que se encontrava com uma disrupção na sua rede em virtude de um ataque informático ('ransomware') e, por isso, esteve, preventivamente, indisponível o acesso a diversas plataformas e serviços digitais".
No dia seguinte, "foi implementado um conjunto de medidas preventivas e corretivas, que garantem a segurança adequada no restabelecimento dos serviços afetados, que continuam a ser reforçadas com base nos resultados do processo de análise forense em curso".
Na segunda-feira, 14 de outubro, "após a reavaliação de risco por parte do CNCS, as entidades parceiras da AMA foram informadas de que as medidas implementadas garantem a segurança adequada no restabelecimento dos serviços afetados", lê-se no comunicado.
"Agradecemos a compreensão e colaboração de todos os cidadãos e entidades parcerias para minimizar os constrangimentos causados durante este período na recuperação e normalização de serviços", termina o ministério.
Em comunicado no site, a AMA escreve que “já se encontram operacionais vários serviços, plataformas, portais e sites públicos geridos pela AMA. A lista de serviços operacionais é progressivamente atualizada em https://indisponibilidade.ama.gov.pt/
