A grande maioria dos inquiridos não sabe que as eleições são a 26 de maio. Metade dos eleitores questionados admite que o voto vai ter a ver mais com o que se passa em Portugal do que na Europa.
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As eleições europeias são já dentro de um mês, mas a esmagadora maioria dos inquiridos (71%) não sabe que é a 26 de maio que vão votar.
A sondagem JN/TSF mostra um desconhecimento generalizado sobre questões europeias, mas uma vontade significativa de permanecer na União Europeia e na Moeda Única.
Se a pré-campanha tem sido marcada por debates internos, fica claro, nesta sondagem, que metade dos inquiridos admitem que o voto vai ter a ver mais com o que se passa em Portugal do que com temas europeus. Apenas cerca de 30% nomeiam a Europa como razão para o voto e outros 20% não sabem ou não respondem.
Oitenta e três por cento dos inquiridos nesta sondagem chumbam quando questionados sobre questões europeias: menos de metade sabem que são 28 os países da União, apenas 12% indicam que o presidente da Comissão Europeia é Jean Claude Juncker, e só um quinto dos inquiridos acerta que Portugal tem 21 eurodeputados.
Este desconhecimento não impede que seja maioritário o desejo de permanecer na União Europeia: em caso de referendo, quase 90% votavam sim e quase 80% escolhiam manter como moeda o Euro.
Quando questionados sobre as preocupações face à Europa, 20% citam a estabilidade da economia e 17 % a questão dos refugiados.
Já sobre os temas em debate na Europa, existe uma concordância de 90% dos inquiridos sobre a obrigatoriedade de diminuir a dívida pública e 80% concordam com a obrigação de cumprir a meta do défice.
Questionados sobre quais são os riscos de pertencer à União Europeia, os inquiridos apontam o terrorismo (32%) a criminalidade (28%) e logo a seguir, o desemprego (27%).
Os resultados da sondagem JN/TSF mostram ainda que a saída do Reino Unido é encarada como sendo pior para todos: para os britânicos, para os europeus e para Portugal.
Ficha Técnica
A sondagem foi realizada pela Pitagórica para o JN e a TSF com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com as eleições europeias.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 3 e 13 de abril, foram recolhidas 605 entrevistas telefónicas a que corresponde uma margem de erro máxima de +/-4,07% para um nível de confiança de 95,5%.
A amostra foi recolhida de forma aleatória junto de eleitores Portugueses recenseados e foi devidamente estratificada por género, idade e região. A taxa de resposta foi de 71,18% e a direção técnica do estudo é da responsabilidade de Rita Marques da Silva.
A ficha técnica completa pode ser consultada online na Entidade Reguladora da Comunicação Social.