De pavilhões para a rua, PS quer campanha em contacto com eleitorado. Tabu quanto à presença de notáveis

O PS já prepara a campanha eleitoral e o arranque oficial, a 4 de maio, está marcado para Viana do Castelo, o distrito da antiga ministra Marina Gonçalves, uma das mais próximas de Pedro Nuno Santos. A caravana socialista vai passar por todos os distritos do país (Beja, Madeira e Açores em pré-campanha) e, com tempo ameno, em maio, o partido vai privilegiar ações de rua e não comícios noturnos, dentro de portas. A ideia é “contactar de perto com o eleitorado”.

Ao contrário do percurso de campanha das eleições anteriores, estão apenas previstos dois comícios depois da hora de jantar. Um em Portalegre, a 7 de maio, outro em Bragança, a 10 de maio, dia do dérbi Benfica x Sporting, com início marcado para as 18h00, que pode decidir o campeonato de futebol. Lisboa, Porto e Braga são os distritos com maior preponderância no percurso socialista (de resto, são os círculos eleitorais que elegem mais deputados). 

A tradicional descida do Chiado, em Lisboa, está marcada para o último dia de campanha, a 16 de maio, mas o PS não revela, para já, quando será a arruada de Santa Catarina, no Porto - outro dos momentos de destaque da campanha socialista. A data dos grandes comícios em Lisboa e no Porto também é, nesta altura, um mistério.

Fonte da direção de campanha do PS garante que todo o partido “está mobilizado” para o embate eleitoral, mas não revela se a Pedro Nuno Santos podem-se juntar antigos secretários-gerais. Logo à cabeça, o nome de António Costa. A presença de outros “notáveis” socialistas está, no entanto, garantida.

Certo é que o partido promete falar de todos os temas que importam ao eleitorado, sobretudo, das propostas que pretende implementar caso consiga formar Governo: saúde, habitação ou segurança serão temas em cima da mesa. Adiantam que não há qualquer “tema tabu” para o PS, que estará disponível para abordar todas as áreas.