O Governo assinalou dois anos em funções, em Aveiro, com um Conselho de Ministros extraordinário e uma sessão em que os membros do executivo responderam a questões colocadas por cidadãos
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O primeiro-ministro, António Costa, disse este domingo que há um conjunto de medidas do atual executivo, tal como a reforma e o cadastro da floresta, que só a médio e longo prazo produzirão efeito.
"Temos de perceber que há um conjunto de medidas que só a médio e longo prazo produzirão efeito. A reforma da floresta e o cadastro da floresta são medidas que vão levar muitos e muitos anos para ser executadas e produzir efeitos", afirmou durante uma sessão de perguntas de cidadãos, no âmbito da comemoração dos dois anos do Governo, realizada na Universidade de Aveiro.
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Contudo, Costa assumiu que as "ameaças" vão continuar a existir nesta área, porque as alterações climáticas aumentam a gravidade da situação, sublinhando que a cada ano de seca aumenta o risco de o combustível acumulado arder, assim como cada ano em que a floresta está ao abandono significa mais combustível para arder.
O Governo assinalou hoje dois anos em funções com um Conselho de Ministros extraordinário em Aveiro, da parte da manhã, seguido de uma sessão, à tarde, em que os membros do executivo responderam a questões colocadas por cidadãos ao longo de mais de uma hora.
Estas declarações por parte do primeiro-ministro surgiram depois de um dos participantes o ter questionado sobre o facto de Portugal estar ou não preparado para atuar eficazmente numa situação de nova catástrofe, referindo-se aos incêndios.
António Costa referiu que até ao verão todos têm de fazer um "grande trabalho" para diminuir situações e comportamentos de risco, já que ninguém pode mudar o comportamento da natureza. "Temos de diminuir os riscos para que os fenómenos naturais não tenham consequências que este ano tiveram", frisou.
Por seu lado, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, recordou que o Governo vai avançar com vários programas de sensibilização e campanhas de informação daquilo que as pessoas podem e devem fazer para estarem mais capacitadas para responder aos incêndios. "Vamos fazer tudo para que o próximo verão seja mais protegido, não deixando assim tudo para a fase de combate", reforçou.
Já o ministro da Agricultura, Capoulas Santos, lembrou que a reforma da floresta não é algo que se faça de um dia para o outro: "A floresta vai sendo moldada para que seja sustentável ambientalmente", vincou.