No discurso inicial do 13º congresso da CGTP, o secretário-geral da Intersindical avisa o governo do PS que "não basta constatar os problemas, há que encontrar e implementar soluções".
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A CGTP reúne-se esta sexta-feira e amanhã em congresso em Almada para aprovar as linhas de ação para os próximos quatro anos.
Valorizar a contratação coletiva, acabar com o modelo de precariedade, e eliminar normas que a CGTP considera serem gravosas na legislação laboral, são prioridades que Arménio Carlos identifica para uma efetiva mudança e que deverão guiar os caminhos dos próximos quatro anos da central sindical. O secretário-geral da intersindical renova este fim de semana o mandato e, no discurso inicial, enviou alguns recados ao executivo socialista.
"É inequívoco que com o atual governo, na presente correlação de forças na Assembleia da República, há mais espaço para a negociação. Mas o diálogo e a negociação têm de produzir resultados! Não basta constatar os problemas, há que encontrar e implementar soluções. E há questões que exigem uma resposta de curto prazo", disse. No discurso que durou cerca de meia hora não faltaram as críticas ao diálogo social, sugerindo negociações bilaterais com patrões, governo e partidos representados na Assembleia da República.
Arménio Carlos lançou ainda críticas aos diversos tratados internacionais de comércio, aos que envolvem o Reino Unido e a União Europeia, e saudou a força dos trabalhadores, contabilizando nos últimos quatro anos, 104 mil novas inscrições nos sindicatos do universo da CGTP.