Diretor de campanha de Marques Mendes atira a Rui Rio: tem "sede de vingança" e "não lida bem com as críticas"
As declarações de Duarte Marques surgem depois do anúncio de que o social-democrata Rui Rio é o mandatário nacional da candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República, apesar de o PSD ter decidido em Conselho Nacional apoiar Luís Marques Mendes
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O diretor de campanha de Luís Marques Mendes, Duarte Marques, acusa o social-democrata Rui Rio de ter "sede de vingança" e de "nunca" ter sido capaz de "lidar" com a "independência como comentador" do candidato à corrida a Belém.
As declarações de Duarte Marques surgem depois do anúncio de que o social-democrata Rui Rio é o mandatário nacional da candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República, apesar de o PSD ter decidido em Conselho Nacional apoiar Luís Marques Mendes, com apenas um voto contra. A notícia parece ter caído mal, com Duarte Marques a garantir que a decisão de Rio não tem por base "o interesse nacional", mas é antes uma questão "de vingança".
Não foi o interesse nacional que colocou Rui Rio a apoiar Gouveia e Melo. Foi a sede de vingança. Rio não lida bem com as críticas. E nunca lidou bem com a independência de Marques Mendes como comentador.
Insiste que o que está em causa com o apoio de Rui Rio ao almirante Gouveia e Melo é uma "oportunidade" para concretizar "a sua pequena vingança", e distingue o perfil de Marques Mendes ao afirmar que o caminho que o caminho que segue é "diferente": "É o da tolerância."
Num discurso no jantar de apoio a Gouveia e Melo, Rio defendeu que o país precisa de um Presidente que "não se perca no comentário avulso", mas aposte no que é "nobre e estruturante". Ora, Marques Mendes dedicou o último ano ao comentário político televisivo, tal como Marcelo Rebelo de Sousa tinha feito antes de assumir a Presidência.
"Portugal precisa de um Presidente da República que não se perca no comentário avulso e conjuntural, em detrimento do que é verdadeiramente nobre e estruturante", apontou.
Para Rui Rio, o país precisa de um chefe de Estado "que não se feche no Palácio de Belém e aproveite a comunicação social para falar com os portugueses, mas que não caia na tentação de fazer dela um modo de vida".