Documentos do Panamá: Marcelo diz que caso "mostra fragilidade das democracias"
O Presidente da República considerou que este escândalo "mostra a fragilidade das democracias", afirmando que aquilo que tem sido divulgado "é uma má notícia para quem defende a liberdade".
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No final da visita ao Comando Conjunto para as Operações Militares do Estado-Maior General das Forças Armadas Portuguesas, em Oeiras, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas sobre os desenvolvimentos recentes do caso dos Papéis do Panamá, começando por afirmar que "a democracia e a paz são atingidas de várias maneiras", sendo uma delas "o terrorismo internacional, de perigos de natureza político-militar".
"Mas outra maneira de atingir o prestígio das democracias é pela sua fragilidade, pelo seu enfraquecimento. E aquilo que tem vindo a ser divulgado mostra a fragilidade das democracias", referiu.
Na opinião do Presidente da República, "ser possível haver esquemas que parecem ser esquemas ilegais, à escala mundial e que atingem centros de poder político, económico e social importantes é uma má notícia para quem defende a liberdade, a democracia em termos de comportamento".
"Embora mostre que o papel, por exemplo da comunicação social, pode ser fundamental para denunciar o que está errado e que possa ser uma fragilidade da democracia que nós queremos forte", sublinhou ainda.
Marcelo Rebelo de Sousa foi ainda questionado sobre o Conselho de Estado desta quinta-feira. O Presidente não confirma se vai juntar à mesma mesa, ao almoço, António Costa, Mario Draghi e Carlos Costa, mas sublinha aquilo que diz ser a importância da vinda do líder do Banco Central Europeu ao órgão de consulta do Presidente da República.
O Presidente da República defende que será uma boa oportunidade para Draghi saber mais sobre a realidade económica e financeira do país.