A TSF convidou várias personalidades nacionais para fazerem o balanço do ano e perspetivarem 2016. Durão Barroso destacou os ataques jihadistas e a crise dos refugiados como principais marcos e elegeu Angla Merkel como personalidade do ano.
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Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia perspetiva 2016 como um ano de incerteza geopolítica e destaca vários acontecimentos de 2015.
O mais negativo
"O avanço do terrorismo violento. Os terríveis atentados de Paris, mas também em tantas partes do mundo".
"A situação dos refugiados. Trata-se do maior movimento de refugiados desde o fim da segunda guerra mundial".
Boas notícias
"Uma muito recente, que acho que devia ser mais valorizada, é o facto de se ter chegado a um acordo quanto às alterações climáticas. Foi a Europa que lutou por este resultado e vejo com satisfação que os Estados unidos e a China se juntaram a esse esforço"
Personalidade do ano
"Angela Merkel. Acho que deve ser reconhecida como uma grande personalidade política, uma grande estadista. Sei que sou suspeito porque trabalhei com ela durante mais de 10 anos, ainda ela não era chanceler. Merkel é alguém que mostrou resistência, sentido de Estado. Sei que por vezes as posições dela são difíceis de compreender, não podemos esquecer que ela tem que defender o interesse alemão, mas julgo que o faz procurando ter em atenção o interesse europeu".
"Na posição dos refugiados tomou uma posição de principio que é muito inspiradora. Fico emocionado quando vejo o aeroporto de Hitler em Berlim a receber refugiados sírios. Gostei de ver a Alemanha, com a história que tem, a dar um exemplo moral e humanitário"
Como será 2016?
"Espero que se acelere o movimento para um maior crescimento económico e para maior justiça social em Portugal e na Europa".
"Do ponto de vista internacional, vamos continuar com situações extremamente difíceis. É um momento de transição. Os Estados Unidos vão eleger um novo presidente e há quem procure explorar essa situação de transição para criar ainda mais desordem".
"Parece-me evidente que vamos ter mais conflitos de natureza geopolítica e militar. Espero que as forças construtivas que há no mundo se unam para evitar males maiores. Julgo que vamos ter alguma incerteza durante 2016".