“E sobre o país, ele disse alguma coisa?” Seguro atira a Gouveia e Melo (e volta a pedir cautelas com investimento em Defesa)
Seguro passeou-se pela Feira do Livro em claro clima de campanha eleitoral
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António José Seguro volta a desafiar o Governo a ter uma atenção redobrada ao investimento em Defesa, sublinha que é preciso “investir melhor” e promover as empresas nacionais. Acusou ainda, indiretamente, Gouveia e Melo de nada dizer sobre o país, numa visita à Feira do Livro, em Lisboa, onde distribuiu cumprimentos e até ofereceu livros.
O Governo já se comprometeu que dois por cento do PIB serão alocados à defesa já este ano, mas a NATO vai propor que os Estados-membros cheguem aos cinco por cento do PIB. Sobre estas metas, em declarações aos jornalistas, o candidato à presidência da república não se pronuncia e lembra que ainda não há um plano definido pelo Executivo para que o país consiga suportar um maior investimento em Defesa.
“Primeiro é preciso gastar melhor o dinheiro que já está a ser investido em Defesa. Recordo que, em 2023, o conjunto dos países da União Europeia e o Reino Unido gastaram em Defesa quase três vezes mais do que a Rússia. Precisamos de ter economia de escala, precisamos de ter um aumento da nossa capacidade estratégica: não é só comprar equipamento lá fora, é também promover a investigação e o desenvolvimento”, respondeu.
Seguro foi também questionado sobre a resposta de Henrique Gouveia e Melo aos que criticam a falta de experiência política. O adversário de Seguro na corrida a Belém perguntou qual é “a escola” para os presidenciáveis. António José Seguro responde com base noutra pergunta.
“E sobre o país, ele disse alguma coisa? Não disse, então não comento”, atirou.
António José Seguro passeou-se depois pela Feira do Livro, em claro clima de campanha eleitoral. Ofereceu até dois livros a um jovem leitor, um sobre o Benfica e outro que relata a história do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.