"É um dever de consciência." Roseta demite-se depois do PS adiar votação da habitação
Helena Roseta abandona a coordenação do grupo de trabalho por discordar do adiamento da votação do pacote da habitação, proposto pelo PS. Um deputado deve ter dever de consciência acima dos interesses partidários, diz.
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Helena Roseta decidiu afastar-se do Grupo parlamentar da Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades, que coordena propostas relativas ao arrendamento urbano e às mudanças no pacote da habitação.
"É uma decisão individual, um dever de consciência", disse à TSF deputada independente eleita pelo Partido Socialista. "Não estou a criticar nem a atacar ninguém, estou só a dizer não vou por aí."
A decisão, escreve o Público, é motivada pelo facto de o Partido Socialista pedido de adiamento da votação das três propostas relativas às novas regras para habitação e com o qual Roseta não concorda.
Os deputados do BE e do PCP votaram contra a proposta, mas PSD juntou-se ao PS para aprovar o adiamento da discussão destes documentos para depois do Orçamento de Estado.
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A saída, diz, "é consequência do conflito entre disciplina partidária os deveres de consciência de cada deputado. Não posso dissociar-me do PS numa votação desta gravidade e depois continuar a presidir [o grupo de trabalho] em nome do PS. Não seria correto."
Helena Roseta diz que a decisão do PS surge face à iminência do chumbo das propostas, que incluem o arrendamento acessível e redução do IRS para senhorios.
O objetivo do adiamento é que as votações sejam retomadas na primeira semana de dezembro, a tempo de entrarem em vigor no início do próximo ano, como previsto.
Esta é a terceira vez que a votação é adiada.