O candidato presidencial apoiado pelo PCP entregou hoje no Tribunal Constitucional o teto máximo de assinaturas para a "corrida" a Belém, garantindo não ter qualquer tipo de amarras.
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"Assumo este compromisso de ser um português, um democrata e apenas vinculado ao dever de fazer cumprir a Constituição. Tenho as mãos completamente livres para agir, sem qualquer tipo de amarra, a não ser bem servir o povo, defender os trabalhadores de Portugal", afirmou o candidato, relativamente a futuras decisões governamentais sobre a sobretaxa de IRS ou o Salário Mínimo Nacional.
Segundo fonte da comitiva de Edgar Silva, nas duas anteriores candidaturas do PCP à Presidência da República [Francisco Lopes e Jerónimo de Sousa] foram entregues cerca de 14.000 assinaturas no Palácio Ratton, ou seja, acima do limite mínimo de 7.500, mas sem atingir o máximo de 15.000.
"Estamos a entregar as 15.000 proposituras que constituem o limite máximo, muitas outras, se fossem necessárias, teríamos seguramente garantido", disse o antigo deputado regional madeirense e ex-padre.
Para Edgar Silva, o apoio recebido "corresponde a uma grande mobilização e representa uma grande vontade de viragem", destacando os valores de "justiça social, desenvolvimento e progresso", com a confiança de que terá "muitos mais" votos no dia 24 de janeiro de 2016 do que as referidas 15.000 assinaturas.
"A nossa candidatura incorpora um conjunto de valores que aponta para uma vontade de rutura e uma radical viragem que é urgente nos rumos de que Portugal tanto precisa", continuou.
Questionado sobre a urgência da elaboração do Orçamento do Estado por parte do novo Governo, o candidato comunista disse preferir "aguardar pelo assumir das responsabilidades dos parlamentares e responsabilidades diretas do Governo".
"O país precisa rapidamente de medidas que sejam palpáveis, que permitam reconquistar de direitos, reverter um conjunto de políticas erradas que têm vindo a ser assumidas em Portugal. Espero que o orçamento seja um desses passos que confirme essa nova dinâmica", concluiu.