Em dia de voto antecipado, Rui Rocha é atingido com pó de tinta verde, Jerónimo entra na campanha e Pedro Nuno encosta Montenegro à austeridade
Saiba tudo o que aconteceu neste domingo de campanha eleitoral na TSF
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A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, considerou este domingo que "o farol do país são as mulheres que trabalham" e a "força mais poderosa contra a direita", garantindo que vai defender a violação como crime público na próxima legislatura.
"O farol para este país são as mulheres que trabalham, que se levantam cedo, que se esforçam. O farol deste país são as mulheres que trabalham o dia inteiro e recebem menos que os homens. São as mulheres que vão trabalhar e chegam a casa e fazem o jantar e cuidam dos filhos. O farol deste país são as mulheres que não aceitam a misoginia, que lutam contra a violência, que exigem igualdade", defendeu a cabeça de lista do BE em Lisboa, numa festa-comício no LX Factory, na capital.
Em Braga, há candidatos com cabelo grisalho. E também o PS regressa ao passado, aos tempos dos cortes da troika. Pedro Nuno Santos volta a encostar Luís Montenegro à austeridade e lembra que o atual primeiro-ministro era o líder parlamentar do PSD, quando Passos Coelho avançou com cortes que foram além da troika.
O presidente do PSD usou este domingo a fórmula “sim é sim” para garantir que um Governo AD será dialogante e cumprirá as suas promessas de descer impostos sobre o trabalho, valorizar pensões e “salvar” o Estado social.
A afluência às urnas na Cidade Universitária para exercer o voto antecipado nas eleições legislativas era de 79% até às 18h00, segundo um balanço feito aos jornalistas pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.
Os números foram avançados por Carlos Moedas (PSD), pelas 19h10, numa altura em que já estavam encerradas as mesas de voto, e refletem um universo de 39.259 eleitores inscritos para votarem antecipadamente em mobilidade.
“Isto mostra um aumento da participação em relação às eleições anteriores (Europeias 2024), que foi de 76%, de 34 mil inscritos. Portanto, há um aumento de participação, um aumento dos portugueses naquilo que é a participação cívica”, sublinhou o autarca.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa destacou também o facto de mais de metade dos votantes (53%), cerca de 15 mil pessoas, de um total de cerca de 31 mil, não serem residentes na capital. “Mostra que o voto em mobilidade está a funcionar, que é para continuar, mas é sobretudo uma grande operação logística das câmaras municipais”, apontou.
O presidente do Chega, André Ventura, condenou este domingo o incidente em que o líder da IL foi atingido com pó de tinta verde e considerou que quem o fez prestou "um péssimo serviço à democracia".
"É muito grave. É grave que os ciganos andem a perseguir a comitiva do Chega, é grave que haja miúdos do clima a atingir outros adversários, é grave porque mostra que não estão acostumados à democracia", afirmou.
Na sondagem da Pitagórica para TSF/JN/TVI/CNN Portugal, a soma da AD com a IL não chega aos 40%,apesar da subida dos liberais. CDU volta ao sexto lugar.
O líder da Iniciativa Liberal foi atingido com pó de tinta verde numa ação de campanha que está a decorrer este domingo em Lisboa.
Durante o seu discurso, Rui Rocha foi interrompido por dois jovens do movimento Fim ao Fóssil, enquanto afirmava que sempre foi reconhecido pelo seu trabalho e não por ter sido parte da juventude de um partido.
Após ter sido atingido por tinta verde na cara, Rocha apenas tirou o casaco e continuou a discursar.
Após Rui Rocha ter sido atingido com tinta verde, nesta tarde de domingo, fonte da Iniciativa Liberal adianta à TSF que o partido está a tentar identificar os ativistas em causa e vai apresentar queixa.
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, considerou este domingo, no Porto, ser o voto antecipado a oportunidade para dar mais força e confiança aos partidos que têm trabalhado e não aos que conduziram o país para a instabilidade.
Numa declaração à margem da “Kidical Mass”, movimento que tem como objetivo reivindicar o direito à cidade por parte das crianças, incentivando famílias e crianças a utilizar a bicicleta como modo de transporte e que ligou a Casa da Música a Matosinhos, em bicicleta, Inês Sousa Real reagiu ao apelo do Presidente da República no momento em que este domingo votou antecipado no Algarve.
O líder do PSD defendeu este domingo que a estabilidade política pode “fazer toda a diferença” em Portugal perante a incerteza europeia e mundial, considerando que “as dificuldades de uns são as oportunidades de outros”.
A Cidade Universitária, em Lisboa, recebeu este domingo milhares de pessoas, que decidiram votar de forma antecipada, registando-se uma afluência de 26% até às 12h00, segundo um balanço feito pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Até às 12h00, tinham exercido o direito de voto 26%, dos 39.259 eleitores inscritos para votarem antecipadamente em mobilidade, na Cidade Universitária, em Lisboa, segundo um balanço feito aos jornalistas pelo vice-presidente da Câmara Muncipal de Lisboa (CML), Filipe Anacoreta Correia.
"Os números são de grande afluência", ainda que, "em termos proporcionais", fiquem "abaixo" do registado nas eleições europeias de 2024. Nessas eleições, houve "uma adesão de 30%", num total de 34.602 inscritos para votar antecipadamente em mobilidade, em Lisboa, explicou o número dois da CML.
"Portanto, houve um aumento de cerca de 15% em termos daqueles que se inscreveram para este ato eleitoral", resumiu o vice-presidente da CML, indicando que há cada vez mais pessoas a tomarem conhecimento desta possibilidade, que "está ao alcance de todos, mesmo que não sejam moradores em Lisboa", o que poderá explicar a "tendência" de aumento.
Segundo os dados da autarquia lisboeta, a afluência registada hoje é superior à verificada nas eleições legislativas de 2024, onde 25% dos eleitores inscritos para votar antecipadamente tinham ido às urnas até às 12h00.
Relativamente ao ato eleitoral, Anacoreta Correia disse que "o processo está a correr bem".
Na Cidade Universitária foram instaladas 123 secções de voto, distribuídas pela Aula Magna, Faculdade de Direito, Faculdade de Letras, Faculdade de Psicologia, Faculdade de Ciências e Cantina Velha. João Cotrim Figueiredo, ex-presidente e eurodeputado da IL, e Catarina Martins, ex-coordenadora e eurodeputada do BE, foram alguns dos eleitores que optaram por votar antecipadamente esta manhã.
O ex-secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa afirmou este domingo que o partido fez mais do que a sua parte para um diálogo à esquerda, considerando que é necessário criar uma alternativa política num quadro que é complexo.
“Nós fizemos mais do que a nossa parte”, disse Jerónimo de Sousa, quando questionado pelos jornalistas sobre se o partido deveria ter assumido um maior diálogo com as restantes forças de esquerda, antes do arranque do comício deste domingo no Pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.
Questionado sobre a atual liderança, Jerónimo de Sousa disse que “Paulo Raimundo é uma surpresa extraordinária”, recordando “aqueles preocupados” com a escolha, que anteciparam uma derrota do partido.
A cabeça de lista da AD por Coimbra, Rita Alarcão Júdice, considerou este domingo que Portugal precisa de um Governo ao centro sem radicalismos, e que Luís Montenegro, como primeiro-ministro, foi um exemplo de respeito pela liberdade.
O líder da IL desafiou este domingo o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a clarificar se admite acordos com o BE e PCP após as eleições, considerando que são partidos que estão fora do espetro democrático.
“No caso hipotético, improvável - e que, na verdade, não vai acontecer, mas creio que temos de ser transparentes -, como é que se relaciona com o PCP? Como é que se relaciona com o BE, que quer trazer medidas como os tetos às rendas que vão trazer ainda menos soluções para o mercado de arrendamento, que falharam em todo o lado?”, perguntou.
Nestas declarações aos jornalistas, Rui Rocha foi ainda questionado se teme uma eventual aproximação no número de votos do Livre ao da IL nas próximas legislativas, mas disse não estar nada preocupado.
O líder do Chega chegou este domingo ao almoço-comício em Castelo Branco de mota, no lugar do pendura, afirmou que o partido quer vencer as eleições de dia 18 e conduzir os destinos do país.
No oitavo dia de campanha, a caravana do Chega rumou a Castelo Branco, para um almoço-comício ao ar livre, debaixo de um sol radiante. No menu, sandes de porco no espeto.
André Ventura chegou de mota, mas no lugar do pendura, de capacete e blusão adequados para o efeito. Por baixo, camisa e calças de fato.
A conduzir a mota, uma Yamaha FJR1300, vinha o cabeça de lista por Castelo Branco, e deputado, João Ribeiro.
O líder do Chega explicou que não poderia ser ele a conduzir porque não tem carta de mota, e quer “cumprir as regras”. Já no que toca aos destinos do país, quer ir ao volante.
O socialista Francisco Assis coloca o PS ao centro e garante que não há qualquer divisão quanto a moderados ou radicais, numa referência a Pedro Nuno Santos. Assis defende o secretário-geral do PS e sublinha que “não há radicalismo nenhum”.
O comício em Vila Nova de Gaia começou com uma referência ao “farol” de Luís Montenegro, pela voz do cabeça de lista do PS pelo Porto e possível sucessor de Ana Paula Martins na Saúde, Fernando Araújo.
Mais de 333 mil eleitores podem votar este domingo nas legislativas de 18 de maio, o maior número de sempre a decidir exercer o seu direito de voto antecipadamente desde que essa modalidade foi instituída.
No total, são 333.347 eleitores recenseados no território nacional que se inscreveram, na última semana, no voto antecipado em mobilidade e que vão hoje às urnas abertas nos municípios do continente e das regiões autónomas dos Açores e da Madeira.
Nas eleições de março de 2024, pediram para votar antecipadamente 208.007 eleitores, entre os quais o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Segundo o Ministério da Administração Interna, o número de recenseados em território nacional para votar nesta modalidade foi o maior de sempre, desde que foi alargada a todos os eleitores a possibilidade do voto antecipado.
Os eleitores devem dirigir-se hoje à mesa de voto no município por si escolhido, aquando da sua inscrição, identificar-se e indicar a freguesia onde estão recenseados. Após terem votado, é-lhes entregue o duplicado da vinheta de segurança que serve de comprovativo do exercício do direito de voto.
Caso um eleitor tenha se inscrito para votar hoje, mas não consiga fazê-lo, pode exercer o seu direito de voto no próximo domingo na assembleia ou secção de voto onde se encontra recenseado.
As comitivas dos partidos cumprem este domingo o oitavo dia de campanha eleitoral, com vários líderes a passarem pelo distrito de Lisboa, num dia que será marcado pelo voto antecipado em mobilidade.
A uma semana das eleições para a Assembleia da República, 333.347 eleitores recenseados no território nacional, o maior número de sempre de inscritos nesta modalidade, podem votar já hoje em todo o país.
Na campanha, o presidente do PSD, Luís Montenegro, arranca o dia pelas com um almoço-comício em Cantanhede, distrito de Coimbra, e segue depois para Viseu, onde pelas 16:30 tem previsto mais um comício. À noite, o líder social-democrata vai estar no programa “Isto é Gozar com Quem Trabalha”, a partir dos estúdios da SIC, em Oeiras.
Além da AD, coligação que junta PSD e CDS-PP, há outros partidos com ações previstas para o distrito de Lisboa.
É o caso da IL, que tem previsto um comício na capital, onde Rui Rocha e Mariana Leitão vão subir ao palco pelas 16:00. Mas antes, pelas 11:00, a comitiva dos liberais vai visitar uma exploração agrícola, em Santarém.
Por Lisboa passará também a comitiva do BE, que pelas 16:00 tem prevista uma ação intitulada "Mudar de Vida é uma Festa".
Já o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, começa o dia na sessão pública "Cumprir direitos com acesso à mobilidade", junto à estação fluvial Sul e Sueste, no Terreiro do Paço, em Lisboa, e segue depois para o Pavilhão Carlos Lopes, onde pelas 15:30 está previsto um comício da CDU.
O porta-voz do Livre começa o dia com uma visita à antiga fábrica da Lusalite, na Cruz Quebrada, em Oeiras, e às 11:00 visita a zona envolvente da Quinta dos Ingleses, em Carcavelos. Rui Tavares termina o dia pela capital, onde pelas 15:00 tem uma campanha de rua, no Parque das Nações.
A norte vai estar o secretário-geral do PS, que começa o dia no Mercado de Angeiras, em Matosinhos, distrito do Porto, seguindo depois para um almoço no Pavilhão Municipal das Pedras, em Vila Nova de Gaia, também no distrito do Porto. Pedro Nuno Santos tem ainda previsto um comício em Braga, pelas 19:00.
Ainda pelo distrito do Porto vai estar a comitiva do PAN, que começa o dia no Mercado de Vila do Conde e segue depois para um visita aos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Varzim. Inês de Sousa Real tem ainda prevista uma ação às 15:00 na Casa da Música, no Porto, e vai também estar na Festa da Flor, em Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga.
Também o presidente do Chega, André Ventura, começa o dia a norte, com um almoço em Castelo Branco, seguindo depois para Elvas, distrito de Portalegre, onde tem prevista uma arruada e um jantar.
O secretário-geral socialista acusou este domingo o primeiro-ministro de ausência de "uma única palavra de realismo" e apelou à concentração de voto no PS daqueles que "não queiram a AD governar" para que se construa uma "alternativa política".
"Neste momento, o mais importante é que todos os portugueses que estejam a votar e que vão votar daqui a uma semana e que não queiram a AD governar, percebam que nós podemos conseguir ter uma alternativa política que apoie as pessoas, que apoie quem trabalha e as famílias, mas para isso nós precisamos que as pessoas votem no PS e não dispersem os seus votos", respondeu aos jornalistas Pedro Nuno Santos no final da tradicional receção calorosa em Angeiras, Matosinhos.
O secretário-geral do PCP sugeriu este domingo que poria uns "patins – e bem oleados" – àqueles que não cumprem as promessas, numa ação da CDU sobre mobilidade em Lisboa.
Na estação fluvial do Terreiro do Paço, numa ação focada nas questões de mobilidade, Paulo Raimundo disse que aqueles que “não cumprem o que prometem” e cujas opções favorecem sempre os “poucos que concentram em si a riqueza” deveriam ter “uns patins – e bem oleados -, daqueles que rolam mesmo depressa”.
Esses "eram excelentes patins para esses que fazem promessas, promessas e promessas e não cumprem nada na vida das pessoas não têm razões para cá estar", disse.
"Desses, o povo está farto e justamente farto”, acrescentou.
O porta-voz do Livre acusou este domingo o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, de ser "um fraco farol" e estar "completamente desorientado na sua bússola moral" ao guiar o país para situações "muito difíceis".
"Muito fraco farol foi Luís Montenegro porque, basicamente, ele próprio completamente desorientado na sua bússola moral deixou o país mais confuso porque deveria, neste século XXI, Portugal ter muito claro que quando um chefe de executivo é chefe de executivo trabalha para os portugueses não trabalha para mais ninguém", afirmou Rui Tavares junto à Quinta dos Ingleses, em Cascais, no distrito de Lisboa, numa manhã dedicada ao ambiente.
Esta apreciação do dirigente do Livre surgiu depois de Luís Montenegro ter dito no sábado sentir "a responsabilidade de ser o farol do país", com a oposição sempre a olhar para trás, apelando a que os portugueses que querem estabilidade "votem massivamente" na Aliança Democrática (AD).
O Presidente da República apelou este domingo ao voto, lembrando que nos próximos 12 meses não pode haver eleições, e disse considerar que o número de pessoas a votar antecipadamente é um sinal de que a abstenção poderá baixar.
Em declarações aos jornalistas depois de votar antecipadamente na Câmara de Vila Real de Santo António, em Faro, Marcelo Rebelo de Sousa frisou que nos seis meses seguintes à convocação de eleições legislativas não é possível haver novas eleições, tal como nos seis meses finais do mandato presidencial.
Segundo o Presidente da República, isso significa que só no fim da primavera, começo do verão do ano que vem, é que, se fosse necessário, poderia haver novas eleições, o que, frisou, espera que não aconteça, apelando aos portugueses para abandonarem a ideia de corrigir amanhã aquilo que fazem hoje.
"O meu apelo é de que votem. Votem por uma razão muito simples. O mundo está como está, não está fácil, está mais difícil do que há um ano e, por outro lado, não pode haver eleições no próximo ano", declarou.
No final de um jogo de vólei de praia e de um mergulho em Espinho, o presidente do PSD admitiu que poderá fazer “uma boa dupla” com o líder da IL, embora sem saber como é que ele joga.
Ainda dentro da metáfora desportiva e questionado como se encaixaria o CDS-PP nessa equipa de dois, Luís Montenegro respondeu: “Ficava para todo o trabalho que é preciso em equipa, seguramente”, afirmou, em declarações aos jornalistas, ainda em tronco nu e molhado.
Este jogo de vólei de praia de Montenegro com os amigos – uma prática habitual ao domingo do também primeiro-ministro – não faz parte da agenda de campanha da AD para as legislativas, mas a comunicação social foi previamente informada.
No sábado, o presidente da IL, Rui Rocha, também jogou vólei de praia na campanha e manifestou-se disponível para acolher na sua quadra quem quiser mudança, numa alusão implícita a futuros entendimentos pós-eleitorais com a AD.
Já no comício de sábado em Famalicão, o líder do CDS-PP, Nuno Melo, salientou que a AD “é uma coligação entre dois partidos, o CDS e o PSD”, enquanto Montenegro falou pediu nas eleições de 18 de maio “uma grande coligação com os portugueses”.
