Em terra de pescadores, Carneiro lançou o isco aos votos que fugiram para o Chega: "Os que têm provas dadas são uma garantia"
Nas últimas legislativas, o Chega foi o partido mais votado, mas José Luís Carneiro faz o apelo ao voto em quem proporcionou "as grandes conquistas na melhoria das condições de vida"
Corpo do artigo
Na Nazaré, José Luís Carneiro foi à pesca do voto, mas foi o candidato socialista local, José Formiga, quem lançou a rede: "O que vem à rede é peixe. Aquilo que nós queremos também no dia 12 são votos."
João Formiga é o candidato do PS que quer manter a autarquia. Um candidato que conhece a realidade da Nazaré, concelho que nas últimas legislativas viu o Chega subir ao primeiro lugar.
"A quem é que se devem as grandes conquistas na melhoria das nossas condições de vida? No que respeita às infraestruturas de água, às infraestruturas de saneamento, à eletrificação, aos transportes escolares, à construção das escolas, à construção dos equipamentos desportivos e culturais? Os que têm provas dadas são uma garantia de confiança para o futuro", disse o secretário-geral do partido.
José Luís Carneiro foi mesmo a alto mar à pesca dos votos que fugiram para longe: "O que é que fizeram aqueles que hoje aparecem com este discurso fácil. Se lhes peço: 'Lá na vossa vida política, uma medida, uma proposta, uma política que tenha mudado as condições de vida das pessoas?'"
Carneiro tenta inverter a tendência para evitar que o PS naufrague nas autárquicas.
"O secretário-geral pode ajudar muito, por exemplo, projetando as candidaturas locais que é o que nós hoje aqui, em certa medida, estamos a fazer. É projetar o candidato e projetar as propostas do candidato. É por isso que, em regra, quando fazem perguntas sobre outros temas, eu ao responder aos outros temas, estou a obnubilar aquilo que é preocupação primeira da deslocação a esses locais", explica.
Ou seja, a responsabilidade dos resultados eleitorais também é do capitão da embarcação, que é como quem diz, do secretário-geral: "É uma responsabilidade de todos, é uma responsabilidade de todos."
Carneiro quer cantar vitória a 12 de outubro. Conta com o voto racional, mas também com o afetivo daqueles que se identificam com os candidatos autárquicos do partido.