Entre "o instinto e a sorte". A história de quem desafiou a PIDE e as perguntas de quem nasceu em democracia
Conheça a história do homem que tentou travar o assassinato de Ribeiro Santos, estudante morto pela PIDE, menos de dois anos antes do 25 de Abril.
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José António Ribeiro Santos tinha 26 anos, quando foi morto a tiro, por um agente da PIDE, num encontro de alunos universitários no então Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras, no dia 12 de outubro de 1972.
Desde sempre muito ativo na resistência estudantil, Ribeiro Santos era conhecido da PIDE havia muito. A sua morte haveria de marcar, de forma determinante, o caminho do país até à Democracia, com o funeral, a 14 de outubro, transformado numa manifestação de protesto de grandes dimensões. Até ao 25 de abril, quase dois anos depois, a Universidade não voltaria a acalmar.
Numa altura em que Portugal celebra os 50 anos do 25 de Abril, a TSF desafiou José Lamego, resistente antifascista, várias vezes preso durante a ditadura, e Nelson Duarte, presidente da Associação de Estudantes da Instituto Superior de Economia e Gestão, para uma conversa a propósito do assassinato de Ribeiro dos Santos, com passagem pelo "antes" e pelo "depois" da Revolução que agora completa meio século.