Escolha "inatacável". PSD confiante que Amadeu Guerra vai "devolver tranquilidade e prestígio" ao MP
"É um magistrado com um percurso e uma seriedade inatacáveis. Hoje foi dado um bom passo na recuperação do prestígio das instituições", referiu Hugo Soares
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O PSD considera inatacável a escolha do Governo e do Presidente da República de Amadeu Guerra para procurador-Geral da República, salienta a sua independência e confia que irá devolver tranquilidade e prestígio ao Ministério Público.
Esta posição foi transmitida pelo líder parlamentar social-democrata, Hugo Soares, após o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter anunciado a nomeação de Amadeu Francisco Ribeiro Guerra como procurador-Geral da República, após proposta do Governo.
"É um magistrado com um percurso e uma seriedade inatacáveis. Hoje foi dado um bom passo na recuperação do prestígio das instituições", disse.
Confrontado com críticas de algumas forças políticas pelo facto de não terem sido feitas consultas previamente pelo Governo sobre a escolha do novo Procurador-Geral da República, Hugo Soares reagiu: "Se a única crítica que os partidos têm a fazer relativamente à escolha for essa, então significa que o Governo fez uma extraordinária escolha".
"Quando não há mais o que dizer, arranja-se sempre qualquer coisa para se poder dizer. Mas devo dizer que ao país isso pouco importa. Ao país importa se a escolha foi capaz", contrapôs.
Para o líder parlamentar do PSD, Amadeu Guerra reúne condições para "devolver alguma tranquilidade e também prestígio ao Ministério Público".
"A escolha de Amadeu Guerra é absolutamente inatacável. Nos termos da lei e da Constituição, a escolha compete ao primeiro-ministro e ao Presidente da República. E foi assim que este processo foi tratado", assinalou. Reforçou, neste contexto, que o perfil de Amadeu Guerra "é absolutamente conhecido, com uma independência e idoneidade totais".
"É alguém que conhece bem o Ministério Público. Dá total garantia de competência, de imparcialidade e de independência", acrescentou.
Hugo Soares elogiou também a escolha de Filipa Calvão para presidente do Tribunal de Contas, dizendo tratar-se de "uma jurista de alta craveira e de uma mulher também com um percurso, do ponto de vista académico e de representação em organismos públicos, que deu mostras de grande capacidade técnica e de intervenção pública".
