"Esperança é a última a morrer", mas PS admite que "será muito difícil" eleger Santos Silva
O presidente da Assembleia da República na última legislatura é cabeça de lista do PS pelo círculo fora da Europa.
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O Partido Socialista admitiu esta quarta-feira que é "muito difícil" que Augusto Santos Silva faça parte dos 230 deputados eleitos para a Assembleia da República, mas "a esperança é a última a morrer".
"Eu acho que a esperança é sempre a última a morrer. No entanto, se olharmos para o padrão que tem vindo a acentuar-se desde o primeiro dia em que se está a contar votos, no Brasil o PS ficou sempre atrás do Chega, embora com uma vantagem para o Chega que não é muito grande. Havendo já uma diferença de cerca de mil votos, [chegaram] votos do Brasil, cerca de 13 mil, se o padrão se mantiver, certamente será muito difícil que Augusto Santos Silva possa ser eleito", disse Paulo Pisco, candidato socialista pelo círculo da Europa, em declarações à SIC Notícias no Centro de Congressos de Lisboa, onde estão a ser contados os votos da emigração.
O cabeça de lista do PS avisa, ainda assim, que como há votos "que ainda não foram abertos", não é possível ter certezas sobre os resultados finais. A confirmar-se a tendência, no círculo fora da Europa serão eleitos José Cesário, da AD, e Manuel Alves, do Chega.
"O Chega constrói todo o seu resultado - e fica à frente no círculo da Europa - na Suíça. Cerca de 45% dos votos do Chega vêm da Suíça, o que é um pouco anormal, porque em todos os outros países há um equilíbrio de forças entre o PS, a AD e o Chega. Mas ali, na Suíça, é o desequilíbrio total. É algo que temos de tentar compreender", descreve Paulo Pisco.
O candidato socialista alerta ainda para o facto de 40% dos votos foram anulados, algo que é "um desperdício da vontade dos eleitores em votar", dizendo que foi algo para que o PS "alertou atempadamente.