Pedro Duarte acredita que, apesar das "encenações permanentes", no final os parceiros da esquerda vão viabilizar o último orçamento desta legislatura. Do PSD, espera "alternativa clara".
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Por mais "ultimatos" que haja, ao fim do dia "vão acabar juntos porque estão presos uns aos outros". No programa Política Pura, da TSF, o social-democrata Pedro Duarte considera que a recente troca de argumentos entre os partidos da esquerda parlamentar e o Governo a propósito da meta de 0,7% de défice para 2018, inscrita no Programa de Estabilidade, nada mais é do que a "prova de esta geringonça é feita de plasticina".
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"Vemos estas encenações permanentes mas, ao fim do dia, sabemos que vai ser aprovada a proposta do Programa de Estabilidade e adiante, também o orçamento. Isto por muito que vejamos notícias de ultimatos e chamar-se ao ministro Centeno Vítor Gaspar", ironiza o antigo deputado do PSD.
Acordos PSD/Governo são "sinal de segurança política" mas "é preciso alternativa clara".
Num comentário aos entendimentos firmados entre Rui Rio e António Costa, sobre fundos comunitários e descentralização, Pedro Duarte até considera que a assinatura dos acordos, em si próprios, "não são um sinal de fraqueza, são até um sinal de segurança e de confiança política" mas avisa que o "PSD que tem de construir uma mensagem inequívoca" sobre aquilo que o diferencia do Partido Socialista.
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"Estes acordos não devem significar uma confusão de propostas políticas para o país porque, se assim for, então coliguem-se e vão juntos as eleições", alerta Pedro Duarte para quem "deve haver uma proposta alternativa que seja muito clara aos olhos dos eleitores".
Sobre a substância dos entendimentos, Pedro Duarte sublinha que a formulação é "vaga" e que, fica "a perceção de que é o PSD quem está a seguir uma linha que foi já antes defendida pelo PS".