Europeias: Marta Temido à frente, mas com Bugalho mais perto. Chega, IL , BE e Livre devem eleger
A sondagem realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN revela que em relação a abril, quando ainda não tinham sido anunciados os candidatos, PS desce ligeiramente e a AD sobe
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A menos de uma semana das eleições europeias, o PS com Marta Temido segue à frente nas intenções de voto, com 4 pontos de vantagem sobre a lista liderada por Sebastião Bugalho da Aliança Democrática. São 30,6% para os socialistas e 26,6% para a coligação.
Em relação a abril, quando ainda não tinham sido anunciados os candidatos, PS desce ligeiramente e a AD sobe.
Analisando por segmentos, constata-se a vantagem de Marta Temido entre as eleitoras, porque junto dos homens, apenas meio ponto separa PS e a AD.
Sebastião Bugalho vence entre os mais jovens e os de meia-idade, Marta Temido entre os mais velhos.
Sendo sempre discutíveis comparações entre intenções de voto e resultados eleitorais, sobretudo em eleições diferentes, o certo é que houve legislativas há apenas três meses (um empate a 28%) e é, por isso, inevitável notar que, com estes valores, o PS parece recuperar ligeiramente a dianteira e a AD mostra tendência de quebra.
Os resultados das duas maiores forças políticas ficam, no entanto, aquém das votações obtidas nas Europeias de 2019, tanto pelo PS (que na altura teve 33,3%) como pela soma entre PSD (21,9%) e CDS (6,1%) que concorreram separados.
Nesta perspetiva, as subidas significativas registam-se entre partidos recentes como o Chega agora com 15,5% e que, em 2019, era uma coligação chamada Basta (liderada por André Ventura) que obteve 1,4%. Mesmo que António Tânger Correia, sempre acompanhado por André Ventura, registe uma descida tanto em relação aos resultados do Chega nas legislativas(18%) , como na sondagem de abril.
Pelo contrario, João Cotrim de Figueiredo parece recuperar o fôlego dos liberais e com 7,5% de intenções de voto, indicia um salto dos 0,9% obtidos nas últimas Europeias, e também dos 4,9% que teve nas legislativas de março. Melhora também face à última sondagem.
O quinto lugar de Catarina Martins com 6,3% representa uma recuperação face aos últimos resultados, mas tem o sabor agridoce de ficar aquém dos resultados de 2019 quando o Bloco teve 9,8%.
Nesta sondagem, a esquerda está em queda em relação às últimas Europeias, com a exceção do Livre que, com o até agora desconhecido Francisco Paupério (e mesmo sem ter contado com a presença assídua de Rui Tavares na campanha), regista 5,2% de intenções de voto (nas últimas europeias teve 1,8%) sobe também em relação às legislativas e está em sexto.
Em zona de risco, João Oliveira da CDU, com 3,5% que representam praticamente o mesmo resultado das legislativas, mas significam uma quebra em relação às últimas Europeias, quando a coligação teve quase o dobro.
Finalmente, Pedro Fidalgo Marques surge em último lugar com 1,6% que indicam que não seria eleito, ou sejam que o PAN não conseguiria recuperar o lugar que conseguiu com Francisco Guerreiro que acabou por deixar o partido e tornar-se independente.
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de avaliar a opinião dos Portugueses sobre questões relacionados com temas políticos.
O trabalho de campo decorreu entre os dias17 e 22 de maio e. Foram recolhidas 801 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal.
Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade.
À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,5%.
A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.