Da desigualdade salarial à violência. Mulheres querem PS a combater discriminação na UE
As mulheres socialistas querem que o programa do PS às eleições europeias contenha propostas destinadas ao combate à violência sobre as mulheres, à paridade nas organizações da União Europeia e ao fim das desigualdades salariais.
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"Destaca-se a urgência de combater todas as formas de violência que afetam as mulheres, incluindo a violência doméstica, violência sexual e violação, tráfico de seres humanos, mutilação genital feminina, assédio sexual e moral, casamento forçado e todo o tipo de discriminações com base no género e na identidade de género", afirmam as Mulheres Socialistas - Igualdade e Direitos (MS-ID).
Esta estrutura socialista presidida pela deputada Elza Pais, que foi entrevistada pela TSF, enumera oito prioridades que pretende ver refletidas no programa do Partido Socialista às eleições europeias de 26 de maio como um contributo "para uma sociedade mais justa e igualitária".
"A necessidade de um compromisso coletivo dos Estados-membros, através de eliminação de estereótipos de género e de medidas que ponham fim à impunidade dos agressores", é uma das exigências.
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No capítulo das lideranças paritárias na União Europeia é "fundamental remover as barreiras que impedem a participação plena das mulheres na vida pública e garantir uma representação equilibrada de mulheres e homens em todos os órgãos de decisão", reclamam.
No combate às desigualdades salariais, as mulheres socialistas pugnam "pela eliminação das disparidades salariais entre homens e mulheres até 2030".
"Deve alcançar-se a meta de reduzir essas desigualdades em dois pontos percentuais por ano, por Estado-membro e por grupo etário", defendem, propondo uma "auditoria europeia para disparidades salariais, redes de transparência, igualdade salarial e sanções dissuasivas por incumprimento".
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No que respeita às licenças parentais igualitárias, querem a adoção de um quadro jurídico europeu mais ambicioso, como o previsto na diretiva relativa ao equilíbrio entre vida e trabalho, preconizando "licenças parentais não transmissíveis para mães e pais, salvaguardando a licença de maternidade a que as mulheres têm direito".
Segundo as mulheres socialistas, as propostas inserem-se na "Agenda Europeia para a Igualdade" que inclui, ainda, entre os seus pontos, medidas para a garantia e proteção de direitos sexuais e reprodutivos, para a educação para os direitos humanos, para a diversidade de representação a nível regional, nacional e local, bem como o reforço do orçamento europeu para a promoção da igualdade e uma sociedade civil mais forte.
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