Exéquias do capitão de Abril Carlos Matos Gomes realizam-se a partir de terça-feira
O coronel Matos Gomes morreu este domingo aos 78 anos
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As exéquias do coronel Carlos Matos Gomes, que morreu este domingo aos 78 anos, realizam-se a partir de terça-feira em Lisboa, anunciou a família.
O velório realiza-se na terça-feira, entre as 19h00 e as 23h00, na Capela da Academia Militar, no Paço da Rainha, onde, na quarta-feira às 11h00, será celebrada missa de corpo presente, seguindo-se o funeral para o Cemitério do Alto de S. João, onde se realizará a cerimónia de cremação.
O coronel Carlos Matos Gomes, um dos Capitães de Abril, morreu este domingo num hospital em Lisboa.
Matos Gomes, sob o pseudónimo de Carlos Vale Ferraz publicou vários livros sobre a temática da Guerra Colonial, entre eles, “Nó Cego”, “A Última Viúva de África”, que lhe valeu o Prémio Fernando Namora em 2018, e “Os Lobos não Usam Coleira” (1995), que foi adaptado ao cinema por António-Pedro Vasconcelos, “Os Imortais” (2003).
No ano passado, em nome próprio, Matos Gomes publicou “Geração D” que, em entrevista à Agência Lusa, definiu como uma homenagem e uma autobiografia da sua geração, a que conheceu a ditadura, a Guerra Colonial e fez o 25 de Abril de 1974.
A “Geração D”, explicou, é a geração da “Democracia, da Deserção, da Descolonização, das Doutrinas e do Doutrinar, da Discussão, da Dialética, do Desmistificar, do Desmobilizar, da Denúncia, da Desobediência, do Divórcio”, a geração que “viveu sob um regime de ‘doidos do império’" e dele se libertou.
Carlos de Matos Gomes nasceu em 24 de julho de 1946, em Vila Nova da Barquinha. Foi oficial do Exército, na Arma de Cavalaria, tendo cumprido comissões em Angola, Moçambique e na Guiné-Bissau, integrado nos Comandos.
