O candidato à presidência República, Sampaio da Nóvoa, considera que o documento enviado pelo Presidente da República ao PS contém questões "evidentemente, muito difíceis de concretizar" e defende que a única solução é indigitar António Costa.
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"Estas exigências parecem um pouco excessivas e, nalguns casos, até despropositadas. O exemplo mais típico é o da estabilidade do sistema financeiro", entende o candidato a Belém.
Numa declaração na sede de candidatura, em Lisboa, Sampaio da Nóvoa defendeu que as "exigências" feitas por Cavaco Silva, no documento entregue ao PS, constituem um quadro que é "muito difícil concretizar neste momento, seja por quem for".
Nesse sentido, o candidato à presidência da República considera que, mesmo que a clarificação pedida ao PS não seja suficiente para Cavaco Silva, o chefe de Estado continua apenas com uma saída: "Não há outra solução, na atual situação política, senão a indigitação de um Governo liderado pelo Partido Socialista".
Uma solução única que, sublinha Sampaio da Nóvoa, decorre da "limitação dos poderes que a Constituição introduziu nos últimos seis meses do mandato do presidente".
"O importante é que façamos o que é correto, o que é normal e natural, e que o façamos o mais rapidamente possível. Para pôr termo a esta crispação, a um certo mal estar e a uma linguagem de confronto entre os portugueses que não ajuda nada a ultrapassar esta situação política", concluiu o candidato a Belém.