Extrema-direita ganha terreno na Europa, Portugal foge à tendência: a noite eleitoral em gráficos
Através de quatro infografias, a TSF explica-lhe alguns dos principais resultados da noite eleitoral de domingo
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Apenas 1% de votos separam a vitória da derrota nestas eleições europeias. Como sublinhou Sebastião Bugalho, "foi por poucochinho". O Partido Socialista é o vencedor da noite, elegendo oito deputados contra os sete da Aliança Democrática.
À direita, a Iniciativa Liberal (IL) cumpre o objetivo de eleger dois deputados e, assim, João Cotrim de Figueiredo não vai "sozinho para Bruxelas". Além disso, a IL cola-se ao Chega. Só que, para o partido de André Ventura, a conquista de dois mandatos na Europa teve um tom amargo, com a perda de oito pontos percentuais relativamente às legislativas de março.
À esquerda, Bloco de Esquerda e CDU ficam reduzidos a um deputado cada. PAN desaparece e Livre não se estreia no hemiciclo europeu.
Por sua vez, a afluência às urnas aumentou seis pontos percentuais em relação a 2019. É de destacar que estas foram as primeiras eleições em que Portugal utilizou o voto em mobilidade.
Veja estes e mais resultados aqui.
Além de Portugal, só mais quatro países deram a vitória aos socialistas
Apesar do crescimento da extrema-direita, os europeístas seguram a maioria. O Partido Popular Europeu é a primeira força política na União Europeia. Além de Portugal, Suécia, Países Baixos, Roménia e Malta pintam o mapa de vermelho.
Em França, a vitória de Le Pen - a eleger o dobro dos mandatos relativamente ao partido de Macron - levou mesmo o Presidente francês a convocar eleições antecipadas. Por sua vez, na Alemanha, os radicais do AfD ficaram à frente do SPD de Scholz.
Eis o mapa dos vencedores em cada Estado-membro da União Europeia:
Nota metodológica
Nestas infografias, só foram representados os partidos com assento parlamentar que elegeram em 2019 e/ou em 2024.
Para obter os deputados eleitos e a percentagem de voto da AD em 2019 - tendo em conta que esta aliança não existia há cinco anos - somou-se os resultados alcançados pelo PSD e pelo CDS-PP, partidos que agora compõem a AD. Nesse mesmo ano, o Chega associou-se à coligação entre o Partido Popular Monárquico e o Partido Democracia e Cidadania Cristã, que se apresentaram com o nome Basta.
Fontes: Parlamento Europeu e Secretária-geral do Ministério da Administração Interna
No mapa da União Europeia, os resultados da Polónia foram corrigidos às 160h6 para a vitória do PPE.
