Fim do regime de exceção para turistas? Associação Brasileira em Portugal avisa que relações entre países podem ser beliscadas
Ouvido pela TSF, Ricardo Amaral teme que alterações do Governo tenham um efeito "recíproco" e aponta responsabilidades à gestão da Agência para a Integração Migrações e Asilo
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O presidente da Associação Brasileira em Portugal considera uma “má decisão” acabar com o regime de exceção que permite aos cidadãos provenientes do Brasil e de Timor-Leste entrar em Portugal como turistas e pedir a autorização de residência. Ouvido pela TSF, Ricardo Amaral sublinha “os acordos centenários” entre os países.
O jornal Expresso escreve esta sexta-feira que o Governo está a ponderar fazer alterações à lei, anunciada em setembro do ano passado, mas que nunca chegou a ser regulamentada.
“É uma decisão mal pensada e analisada. Temos acordos centenários e o Brasil tem Portugal como uma família”, refere Ricardo Amaral, com receio de que estas alterações tenham um efeito “recíproco”.
“Isso não é bom”, atira.
O presidente da Associação Brasileira em Portugal diz que vai analisar a reação da comunidade, nomeadamente dos cidadãos que querem imigrar para Portugal, para decidir quais serão os próximos passos.
Ainda assim, Ricardo Amaral observa que “o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras veio criar uma grande catástrofe para Portugal” e aponta responsabilidades à gestão da Agência para a Integração Migrações e Asilo (AIMA).
“Por mais que as pessoas e funcionários da direção da AIMA tente, não consegue colocar ordem nas pessoas, acertar a documentação e as exigências”, critica.
A TSF contactou o gabinete do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que não quer fazer comentários.
