"O Centro de Informações e Segurança Militar não produziu qualquer relatório sobre o assunto", lê-se no comunicado do EMGFA.
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O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) negou este sábado a existência de "qualquer relatório" sobre o furto de armas em Tancos.
"Relativamente à notícia hoje [sábado] publicada pelo jornal Expresso intitulada "relatório explosivo sobre Tancos arrasa poder político e militar" e que está a ter eco em outros órgãos de comunicação social, vem o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) informar que o seu Centro de Informações e Segurança Militar (CISMIL) não produziu qualquer relatório sobre o assunto", lê-se no comunicado enviado à TSF. Posteriormente, o Exército também negou a existência de um relatório sobre Tancos.
O semanário Expresso noticia este sábado que um relatório dos serviços de informações militares sobre o furto de armas em Tancos "arrasa ministro e militares".
A gestão do titular da pasta da Defesa, Azeredo Lopes, foi de "ligeireza, quase imprudente", cita ainda o mesmo semanário, que já na tarde deste sábado reafirmou a existência do documento.
Costa não comenta, Marcelo quer verdade
Antes deste comunicado do EMGFA, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou este sábado, em Lagos, desconhecer "em absoluto" um relatório das secretas sobre o desaparecimento de armas em Tancos, acrescentando não querer comentar o assunto "no meio de uma campanha eleitoral".
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Por seu lado, também antes de ser conhecido o mesmo comunicado, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recusou este sábado comentar relatórios confidenciais, mas reafirmou que os portugueses querem saber a verdade sobre Tancos.
"O que digo sobre esse caso é sempre o mesmo: os portugueses esperam e o Presidente da República espera que haja o apuramento de uma realidade que é muito importante", afirmou.