Em entrevista à TSF e DN, que passa este sábado, o eurodeputado assume a frontal divergência com a coligação de esquerda. Absteve-se nas diretas para a liderança e não votaria a moção de Costa.
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"Não votei no dr. António Costa, não participei nas eleições diretas" para a liderança do PS - as que reelegeram Costa com 95% dos votos. E "votaria contra a moção" de António Costa ao congresso do partido, que se realiza na próxima semana. "Seria uma grande hipocrisia" face à "profunda discordância", face à estratégia seguida, assume Francisco Assis, na entrevista à TSF e DN que pode ouvir na íntegra depois das 11h00 deste sábado (aqui no site ou na rádio).
Assis, o mais crítico no PS do acordo de esquerda, insiste que a união do PS com o PCP e o Bloco é "contranatura" e que nesta conjuntura o Governo "não tem condições nenhumas" de fazer as reformas que eram importantes para o país.
Assis explica que se tem mantido em relativo silêncio, acrescenta que saiu até de um programa na TVI "porque não conseguiria defender" o PS, mas também para "não estar sistematicamente a dizer mal". Mas vai ao congresso e quer dizer o que pensa sobre a governação.
O eurodeputado explica também porque não apresentou uma moção alternativa à do líder socialista: porque "implicaria uma candidatura, mas também porque o partido está no Governo e nem há condições para fazer agora essa discussão."