Garcia Leandro defende que protesto dos militares "não pode acontecer" e responsabiliza Costa por "injustiças" criadas
Em declarações à TSF, o general adverte que um protesto de militares seria prejudicial para a democracia e lembra que “o que se passou com a PSP e GNR já foi muito grave e não devia ter acontecido”.
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O general Garcia Leandro defendeu esta sexta-feira ser indispensável uma saída à rua dos militares, caso o Governo responda às reivindicações das forças de segurança, e culpabilizou a governação de António Costa pelas “injustiças” criadas no país.
“Não acredito que aconteça, nem pode acontecer. O que aconteceu com a polícia já foi demasiado mau”, disse Garcia Leandro, em declarações à TSF, na sequência do alerta da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).
Garcia Leandro advertiu que um protesto de militares seria prejudicial para a democracia e lembrou que “o que se passou com a PSP e GNR já foi muito grave e não devia ter acontecido”.
Por outro lado, o general considerou ainda que só há um responsável pelas “injustiças” criada no país: António Costa.
“Se existiu um senhor que desempenhava e ainda desempenha as funções de primeiro-ministro, que abandonou por sua iniciativa as funções do Governo e deixou o país na situação em que estava, a responsabilidade é dele”, atirou, insistindo para que as Forças Armadas não caiam em pena de honra.
“Quem está em funções de chefia tem que perceber o que é a segurança alargada, a segurança interna e a segurança externa”, disse Garcia Leandro.
“Se queremos paz, temos que estar preparados para a guerra e temos que ter condições para intervir e ajudar”, concluiu, acusando os sucessivos executivos de terem desinvestido nas Forças Armadas.
Também em declarações à TSF, o presidente da AOFA desafiou o Presidente da República a tomar uma posição pública que "defenda" os militares. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que o chefe de Estado não vai comentar o caso e remeteu uma resposta para as anteriores declarações aquando da promulgação do suplemento especial para a Polícia Judiciária.