Carlos César, líder parlamentar do PS admite que há uma "outra predisposição" para o diálogo por parte do PSD, mas defende que os "aliados" do PS são o PCP, o PEV e o BE.
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Num momento em que se continua a falar sobre uma maior aproximação do PSD de Rui Rio ao PS liderado por António Costa, Carlos César afirma que aquilo que dividia socialistas e social-democratas "vai continuar a dividir" os dois partidos, mas que há agora uma nova "predisposição" para o diálogo por parte do PSD.
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Ainda assim, sublinha o líder parlamentar do PS, os "aliados" dos socialistas são o BE, o PCP e o PEV.
"Pela experiência desta legislatura e pelos bons resultados obtidos pelo desempenho do Governo - e pela forma como temos articulado a iniciativa do Governo com os partidos parlamentares que apoiaram a sua investidura - sentimo-nos bem neste percurso e, portanto, achamos que é repetível", diz.
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Carlos César falava, esta quinta-feira, no parlamento, à saída da reunião do grupo parlamentar do PS, onde disse ainda que a democracia parlamentar fica "empobrecida" se todos os partidos não forem "agentes ativos do diálogo", isto, entende, "independentemente de estarem, ou não de acordo".
"Não estamos proibidos de estar de acordo com PSD ou CDS-PP e o PSD não se deve proibir de estar de acordo com o PS e com os partidos que apoiam a atual solução de Governo", considera Carlos César que adianta ainda que a maior "predisposição" é "um ganho para a democracia", mas que tal não significa uma maior ou menor aproximação entre os dois partidos: "Não significa estarmos mais próximos do PSD ou o PSD do PS".
E acrescenta: "O PSD que tínhamos é o PSD que temos, eventualmente com outra linguagem".
Esta quinta-feira, em entrevista à VISÃO, o líder parlamentar socialista já tinha dito que o PS não estaria disponível para viabilizar um "Governo minoritário do PSD" na sequência das próximas eleições legislativas.