Já sobre se esta derrota da AD deixa o país mais perto de eleições antecipadas, Pedro Nuno garantiu que do PS não viria instabilidade política para Portugal
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O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou que gostaria de "ver António Costa como presidente do Conselho Europeu" e que, tendo em conta os resultados, é expetável que o presidente deste órgão seja do partido dos socialistas europeus. Uma posição que não surpreende. Montenegro também já garantiu que a AD e o Governo vão apoiar a candidatura de Costa.
"Esperamos ter dado o nosso humilde contributo para que o presidente do Conselho Europeu seja dos socialistas portugueses. Por isso, estamos muito felizes por saber que tem o apoio do Governo português. Há uma larga maioria em Portugal que apoia António Costa para presidente do Conselho Europeu. Faremos todos força para que isso seja uma realidade", garantiu Pedro Nuno.
Questionado pela TSF sobre se se sente responsável pela colagem da AD ao Chega, o líder socialista defendeu que nestas eleições verificou-se que "essa colagem não tem credibilidade junto do povo português".
"Este resultado eleitoral também foi muito importante a esse nível. O PS sabia que o que estava a fazer era o seu trabalho na oposição. Não controlámos o sentido de voto dos outros grupos parlamentares, apresentámos projetos. O nosso projeto para o IRS foi aprovado e ficámos contentes com isso. O Chega absteve-se também no do PSD. A IL votou também favoravelmente o projeto do PS e não vi em quase lado nenhum referido. A colagem do PS ao Chega é absurda porque é exatamente o partido que está mais distante de nós. Não negociámos com o Chega, ao contrário do PSD", respondeu.
Já sobre se esta derrota da AD deixa o país mais perto de eleições antecipadas, Pedro Nuno garantiu que do PS não viria instabilidade política para Portugal.
"Não temos pressa nenhuma. O PS tem um programa, as suas ideais, propostas e não vai fazer corpo presente no Parlamento. A pergunta tem de deixar de ser feita ao PS e tem de ser feita ao Governo. Para ser sincero, do pouco que ouvi da declaração do primeiro-ministro não fiquei sossegado. Não retiram nenhuma ilação da derrota que tiveram três meses depois de vencerem as legislativas. Desde a primeira hora que temos sido parte da solução e continuamos disponíveis para construir, mas o Governo tem de dar um passo", acrescentou.