A TSF apurou que as palavras de Pedro Duarte surgiram durante a Conferência de Líderes, como um à parte durante a calendarização dos trabalhos parlamentares, tendo dado a entender que seria bom não preencher todos os agendamentos para o caso de o Governo querer apresentar uma moção de confiança
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O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, admitiu esta terça-feira a possibilidade de o Governo vir a apresentar uma moção de confiança, mas sem concretizar.
A TSF apurou que as palavras de Pedro Duarte surgiram durante a Conferência de Líderes, como um à parte durante a calendarização dos trabalhos parlamentares, quando o ministro dos Assuntos Parlamentares deu a entender que seria bom não preencher todos os agendamentos para o caso de o Governo querer apresentar uma moção de confiança.
Foi o primeiro-ministro, Luís Montenegro, quem primeiro falou, numa declaração ao país, na eventual apresentação de uma moção de confiança. Pôs essa possibilidade em cima da mesa, caso a oposição entendesse que as dúvidas sobre o caso da sua empresa familiar, a Spinumviva, subsistiam.
A Assembleia da República decidiu esta terça-feira que a moção de censura será debatida e votada na quarta-feira, ainda que a data não tenha reunido consenso entre os deputados. A iniciativa tem, contudo, chumbo garantido, uma vez que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já anunciou que o partido pretende votar contra.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o porta-voz da conferência de líderes, o deputado do PSD Jorge Paulo Oliveira, indicou que o debate vai decorrer com a mesma grelha de tempos que o da moção de censura do Chega, em 21 de fevereiro.
Assim, terá uma duração prevista de três horas, cabendo a abertura ao PCP, durante 12 minutos, com tempo idêntico para o primeiro-ministro. Depois, haverá 134 minutos para pedidos de esclarecimentos dos partidos ao Governo - por ordem de inscrição -, dispondo cada bancada de cinco minutos para a primeira pergunta.