A ministra Marta Temido anunciou que o Executivo tem como principal intuito "trabalhar na promoção de estilos de vida saudável", o que levou à assinatura de protocolos de autorregulação com a indústria.
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O Governo e indústria vão assinar, em março, um protocolo de autorregulação sobre o uso de sal, açúcar e gorduras trans nos alimentos. O anúncio foi feito esta tarde no Parlamento pela ministra da Saúde.
Marta Temido assegurou que o Executivo continua a "trabalhar na promoção de estilos de vida saudável na certeza de que é este, no longo prazo, um dos melhores investimentos para a redução da mortalidade prematura e o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos".
Deste modo, e com crença "na saúde, em todas as políticas e no compromisso de todos os agentes sociais e económicos", o Governo avançou que está "em condições de anunciar a celebração de protocolos de autorregulação com a indústria para a redução de sal, açúcar e gorduras trans em certo tipo de alimentos".
O anúncio levou à interpelação do PCP, que criticou o governo sobre política de saúde. A abrir o debate, a deputada comunista Carla Cruz avisou a ministra da Saúde que não pode haver adiamento na progressão de carreiras na saúde.
"Não são admissíveis mais protelamentos na resolução dos problemas com o descongelamento das progressões, não são admissíveis mais protelamentos na valorização e dignificação e criação das carreiras dos auxiliares de ação médica",
Na resposta, a ministra esclareceu que o Governo já investiu na contratação de mais profissionais de saúde mas sublinhou que "tudo não pode ser feito em apenas uma legislatura".
"Sabemos que os 128445 trabalhadores que fazem o SNS e os sindicatos que os representam desejariam que fossemos ainda mais longe. Compreendemos que esse é o seu papel e respeitamo-lo quando se manifesta, mas o Governo não pode esgotar toda a capacidade de investimento de que dispõe e que resulta da capacidade coletiva de gerar riqueza nestes 128445 trabalhadores, sobretudo não pode fazê-lo no tempo de uma única legislatura", salvaguardou Marta Temido.