Governo considera que falta de polícias no futebol é "insubordinação gravíssima". MAI esteve incontactável
O Executivo argumenta que as baixas "não são uma forma de protesto".
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O Governo considera que a falta de polícias no jogo entre o Famalicão e o Sporting, da 20.ª jornada da I Liga, é uma "insubordinação gravíssima". Devido ao facto de o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, ter estado incontactável, o gabinete do primeiro-ministro decidiu reagir ao comunicado da plataforma dos polícias, dizendo que não tinha recebido nenhuma carta.
De acordo com o Expresso, que não cita fonte, o Executivo crê que baixas médicas fraudulentas são sinal de "insubordinação", já que as baixas "não são uma forma de protesto".
Ainda de acordo com o semanário, nem o próprio Ministério da Administração Interna conseguiu contactar de imediato José Luís Carneiro.
A partida entre o Famalicão e o Sporting, que estava marcada para as 18h00 deste sábado, está em risco de não acontecer, devido à falta de polícias no local, mas acabou adiado para as 19h00. No entanto, a essa hora ainda não havia condições para a realização da partida e os clubes, a equipa de arbitragem e a Liga voltaram a reunir-se para decidir que o jogo seria adiado para data a definir.
O atraso da partida levou a que milhares de adeptos se tivessem concentrado nas imediações do Estádio Municipal 22 de Julho. Numa esplanada perto do estádio, aficionados das duas equipas trocaram agressões físicas entre si. Há pelo menos seis feridos.
A Polícia de Segurança Pública assegura que estava tudo planeado para a realização da partida entre o Famalicão e o Sporting para a Liga, mas baixas médicas de última hora e indisposições que levaram a deslocações a unidades hospitalares impediram que fosse mobilizado um dispositivo de segurança.
O ministro da Administração Interna (MAI) quer ouvir, o mais rápido possível, os mais altos responsáveis das forças de segurança na sequência dos incidentes registados este sábado, envolvendo agentes policiais. Para a reunião, José Luís Carneiro convocou o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, o superintendente-chefe Barros Correia, e o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, o tenente-general Rui Veloso, para uma reunião este domingo de manhã.