Governo defende que votação de diplomas sobre imigração “vai testar” posições do PS e Chega
Leitão Amaro manifestou a convicção de que “o país apoia a proposta do Governo de regular mais a imigração, de criar uma polícia de fronteiras, de regular os fluxos migratórios”
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O ministro da Presidência defendeu esta quinta-feira que a votação dos diplomas relativos à imigração e nacionalidade “vai testar os maiores partidos”, desafiando-os a dizer se querem “preservar o que sobra de uma época de facilitação” ou querem mais regulação.
Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, António Leitão Amaro foi questionado se o Governo privilegia o Chega nestas matérias, depois de o PSD ter recusado a sugestão do PS para que os diplomas baixassem à discussão na especialidade sem votação na generalidade, marcada para sexta-feira.
O ministro recusou-se a fazer considerações sobre negociações na praça pública, mas salientou que é na fase de especialidade que se podem estabelecer “pontes e compromissos”.
“Estes próximos dias, no debate de amanhã, o que se seguirá na especialidade, vai testar cada partido, e cada um dos maiores partidos com assento parlamentar. Querem preservar o que ainda sobra de uma época de facilitação, ou querem contribuir para uma mudança de política que vem a ser feita desde o ano passado?”, questionou.
Para o ministro da Presidência, foi a decisão do anterior Governo (o primeiro liderado por Luís Montenegro) de acabar com a manifestação de interesse como via de entrada de imigrantes que iniciou uma nova fase da política de imigração, que considerou ter o apoio da maioria dos portugueses.
“A posição que tomarem no final, viabilizar ou não viabilizar, com voto favorável ou com abstenção, vai demonstrar onde é que cada um desses partidos estará. Querem impedir que saiamos do período do facilitismo, ou querem acompanhar o Governo nesta mudança de política, que tem aquele tal equilíbrio que temos vindo a falar, entre a regulação e o humanismo, a moderação?”, questionou.
Leitão Amaro manifestou a convicção de que “o país apoia a proposta do Governo de regular mais a imigração, de criar uma polícia de fronteiras, de regular os fluxos migratórios”.
“Nós acreditamos que é isto que o país precisa e que é isto que os portugueses querem”, sublinhou.