"Governo irá tão longe conforme faça uma opção que corresponda aos interesses e aspirações do povo"
Esta sexta-feira, num jantar-comício na Figueira da Foz, Jerónimo de Sousa acredita que não pode ser desperdiçada a oportunidade de o "rumo de declínio" dos últimos quatro anos.
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De visita a Buarcos, na Figueira da Foz, Jerónimo de Sousa reforçou o apoio dos comunistas ao governo do PS, desde que os socialistas correspondam às aspirações do povo. "O Governo irá tão longe conforme faça uma opção por uma política com solução duradoura, que corresponda aos interesses e aspirações do povo português", afirmou o líder comunista, na sua passagem pela Figueira da Foz.
Mesmo com "passos limitados", Jerónimo de Sousa acredita que "não pode nem deve ser desperdiçada" a oportunidade de inverter aquilo que disse ser o "rumo de declínio" seguido nos últimos quatro anos, graças a "uma política de mentira" da direita. O líder comunista não deixou de frisar que o governo que irá ser discutido na quarta-feira, no parlamento, "é um programa do PS, não um programa do PCP", mas que os comunistas o vão apoiar.
"Temos esta consciência da diferença e da divergência que existe em relação a matérias de fundo mas, no quadro de honrar a palavra dada, o que faremos na Assembleia da República é rejeitar qualquer moção de rejeição que venha do PSD e do CDS", o que permitirá que o governo liderado por António Costa entre em funções. O líder comunista acrescentou ainda que nas reuniões com o PS para formalização do acordo de apoio parlamentar comunista a um futuro governo "o Partido Socialista nunca quis impor nada ao PCP" e que "ficou claro" que os comunistas mantêm a sua autonomia, independência e identidade, apesar do acordo alcançado.
"Não nos pomos em bicos de pés. Mas se hoje este Governo [de coligação PSD/CDS] foi derrotado e se a solução alternativa foi encontrada, podemos dizer camaradas que muito se deve ao PCP", argumentou.