"Governo não está condicionado pelo BE e PCP" na resposta ao caso Skripal
No programa da TSF "Almoços Grátis", Carlos César defendeu a decisão de não proceder à expulsão imediata de diplomatas russos.
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Carlos César considera que a posição portuguesa face à crise diplomática que opõe a Rússia ao Reino Unido "é proporcional" e adequada.
"A Rússia tem uma política externa intrusiva e agressiva, que deve ser claramente condenada e ter respostas proporcionais", mas estas "respostas devem privilegiar o diálogo", argumenta.
No programa da TSF "Almoços Grátis", o socialista diz-se satisfeito a chamada do embaixador de Portugal em Moscovo para consultas a Lisboa, anunciada esta terça-feira por Augusto Santos Silva, mas admite que "Portugal não deve excluir um endurecimento posterior da sua decisão em função de alguma evolução desagradável e/ou gravosa".
Em defesa da decisão e contra as críticas da oposição, Carlos César deixa outra garantia:
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Fernando Negrão acusou esta quarta-feira o Governo de ter uma posição "tímida e condicionada" pelo PCP e BE no caso Skripal e defendeu a expulsão imediata de diplomatas russos, tal como fizeram a maioria dos países da União Europeia, posição reiterada por Luís Montenegro.
Mais de 100 funcionários russos colocados em embaixadas em países ocidentais vão ser expulsos nos próximos dias. É a represália de muitos países ocidentais após o envenenamento, no dia 4 deste mês, do ex-espião russo, Serguei Skripal em solo britânico, pelo qual Londres responsabiliza Moscovo.
O Kremlin já reagiu e considerou as medidas um "gesto provocador", prometendo responder à altura.