O ministro dos Negócios Estrangeiros não imagina a União Europeia sem o Reino Unido, mas, ganhe o "sim" ou o "não", há questões a salvaguardar em relação aos portugueses que ali vivem.
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A um mês do referendo que vai decidir o futuro de Londres na Europa, o chefe da diplomacia portuguesa diz-se otimista quanto à permanência britânica na União Europeia.
Mas, sendo o Reino Unido um dos principais destinos da emigração portuguesa, Augusto Santos Silva mostra-se consciente de que há questões preocupantes para tratar, quanto à situação dos portugueses.
Isto por causa do acordo que David Cameron assinou com Bruxelas e que retirar alguns direitos aos imigrantes.
Entrevistado pela TSF, Augusto Santos Silva dá como exemplo a "possibilidade de fazer diferir a concessão dos chamados benefícios sociais associados ao trabalho". O ministro dos Negócios Estrangeiros considera que este é "um ponto muito delicado" que exige "grande prudência".
O responsável pela diplomacia diz que tem seguido, com otimismo crescente, o debate e as sondagens a caminho do referendo. Santos Silva diz que os resultados das sondagens são "animadores" para quem "aposta muito na vitória na manutenção do Reino Unido na União Europeia".
O ministro diz que se tem assistido a um "debate esclarecedor", que tem ajudado a tornar "mais visíveis os riscos para o próprio Reino Unido", em caso de vitória do "não".