O ministro do Trabalho admite debater com os parceiros sociais a possibilidade de mover feriados que calhem à terça-feira ou quinta-feira para os colar ao fim de semana. A ideia não é consensual.
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À TSF, Vieira da Silva defendeu que mover feriados tem "potencialidades positivas" e admitiu a hipótese de os colar ao fim de semana. O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social realçou, no entanto, que quaisquer alterações devem discutidas na concertação social e decididas em negociação coletiva.
O secretário-geral da CGTP defende que "os feriados, pelo seu significado político, religioso e cultural devem ter lugar nos dias que estão determinados". Para Arménio Carlos "encostar os feriados ao fim de semana não vai beneficiar a competitividade das empresas".
"Numa primeira reação", o porta-voz da Conferência Episcopal, padre Manuel Barbosa considera que "no que toca aos feriados religiosos não faz sentido "gozá-los noutra data. "O 15 de agosto é um dia específico, o 1 de novembro é específico, o Natal naturalmente é a 25 de dezembro e o Corpo de Deus é sempre a uma quinta-feira. Têm um sentido simbólico do calendário litúrgico".
António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal defende a mobilidade dos feriados porque "isso permite otimizações de produção". Dá como exemplo o caso da industria têxtil em que "os equipamentos precisam de atingir determinadas temperaturas". Se os feriados forem encostados ao fim de semana a "paragem é contínua e há uma otimização da produção".
António Saraiva espera que estas alterações "sejam discutidas na concertação social. É a sede própria".