IL apresenta manifesto para dar outro rumo ao partido. Mayan disponível para ser candidato à liderança
Em declarações à TSF, Tiago Mayan diz que quer uma mudança na liderança da Iniciativa Liberal e assume estar disponível para assumir a presidência do partido.
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Mais de 200 membros da Iniciativa Liberal apresentam, esta segunda-feira, o manifesto "Unidos pelo Liberalismo”. Nas últimas eleições, a IL de Rui Rocha conseguiu eleger os mesmos oito deputados que já tinha na anterior legislatura.
O manifesto, apresentado em Lisboa, é liderado por Tiago Mayan e retrata uma visão diferente para o futuro do partido e do país. Em declarações à TSF, Tiago Mayan explica que o objetivo é recuperar os princípios liberais que levaram ao aparecimento da Iniciativa Liberal.
"Isto representa algumas mudanças muito concretas, como, por exemplo, o reequilíbrio dos poderes do Conselho Nacional, a eliminação do voto da Comissão Executiva dentro desse órgão, a recuperação da autonomia dos núcleos territoriais e outros aspetos importantes. Depois, acima de tudo, uma outra visão para a tal liderança do partido, uma visão de um partido liberal, um partido aberto, um partido ambicioso e que está representado num conjunto de vetores. Um vetor de recuperar o partido das ideias, um segundo vetor de revitalizar a comunicação do partido e do foco dessa comunicação e, por último, um vetor de ação e de termos um partido capaz de aproveitar e agregar todo o valor que reside nele mesmo", adiantou, em declarações à TSF.
Tiago Mayan quer uma mudança na liderança da Iniciativa Liberal e assume estar disponível para assumir a presidência do partido.
"Este manifesto representa a visão destes membros e esta visão é ampla em termos do partido. É uma visão de mudança para o partido que implica muito mais do que só uma candidatura aos órgãos, implica uma visão para realizar mudança e que tem, desde logo, um primeiro momento na convenção estatutária. Depois naturalmente chegando o momento eletivo, vamos ser consequentes com o que está manifestado e, portanto, também garantir que haja uma proposta, uma equipa e uma moção de estratégia global que vá de encontro à visão que está refletida no manifesto", considera.
Questionado sobre se liderará essa equipa, Mayan afirma que estará disponível para defender o que está escrito no manifesto. "Uma candidatura à Comissão Executiva não se faz à volta de uma pessoa, faz-se à volta de uma visão, de ideias e de uma equipa capaz de implementar", remata.
Na apresentação do manifesto, Tiago Mayan Gonçalves garantiu não ter falado com Carla Castro, mas prometeu "envolver e trazer novos e antigos quadros ao partido". Questionado se estava a referir-se à antiga candidata a liderança, referiu apenas que "a Carla foi um ativo essencial para o partido" e espera que "se sinta de novo atraída para voltar ao partido".