IL pode apresentar candidato próprio às presidenciais, mas não será Rui Rocha nem Cotrim de Figueiredo
O presidente da IL diz que não tem nenhuma resistência a Carlos Moedas, admitindo uma eventual aliança nas autárquicas em Lisboa, mas o que importa é "fazer diferente"
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A Iniciativa Liberal pode entrar na corrida eleitoral a Belém com um candidato próprio, mas Rui Rocha nem João Cotrim de Figueiredo vão concorrer nas eleições presidenciais de 2026.
A decisão foi anunciada pelo próprio presidente do partido, numa iniciativa de balanço do ano político: "Eu próprio porque decidi que não, que não quero, e o João Cotrim de Figueiredo, porque a Iniciativa Liberal tem uma característica que é apresentar caras novas em diferentes eleições."
Sobre as possibilidades de Henrique Gouveia e Melo e Luís Marques Mendes, o líder liberal considera que "nenhum daqueles de que se tem falado, uns por iniciativa própria, outros por iniciativa de terceiros, agrada" à Iniciativa Liberal.
Rui Rocha também falou sobre a recandidatura à liderança do partido, assegurando que tem energia para muitos mais mandatos.
"Não limito nenhum dos meus direitos de cidadão e de membro da Iniciativa Liberal à partida. Portanto, cumprirei o meu compromisso, mas isso não exclui outras decisões a tomar no futuro. Olhando à energia que eu tenho agora, chega para este mandato e para muitos mais, mas isso é uma questão que deverá ser avaliada no momento certo", garantiu o presidente da Iniciativa Liberal.
O próximo ano também será marcado pelas eleições autárquicas, a decorrer na segunda metade de 2025, e, em Lisboa, Rui Rocha não descarta, para já, uma aliança em torno de Carlos Moedas, ainda que o que importe seja "fazer diferente".
"Se for para fazer igual ao que foi feito neste mandato, eu creio que o que faz sentido é PSD apresentar-se e ser julgado por aquilo que fez. Bem ou mal, os eleitores dirão. Se for para ter alguma conversa com a Iniciativa Liberal, então tem que ser para fazer diferente. Pode ser fazer diferente com Carlos Moedas, eu não tenho aqui nenhum anátema nem nenhuma resistência", afirma.
Operação policial no Martim Moniz: "Não quero forças policiais como instrumentos de ações de propaganda do Governo"
Rui Rocha também falou sobre a operação policial que teve lugar esta quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, e admite que pode ter sido uma ação de propaganda do Governo. O presidente da Iniciativa Liberal diz que não quer cidadãos sujeitos a excessos policiais, nem a polícia instrumentalizada pelo Governo.
"Se não havia nem denúncias, nem ameaças, nem perigos identificados, e se foi uma mera ação de propaganda ou uma manobra de diversão, então eu só posso condenar aquela ação, porque eu não quero cidadãos, sejam eles quem forem, sujeitos a excessos policiais. Eu quero segurança em Portugal. A segurança é fundamental para termos liberdade, mas quero uma segurança proporcional. Não quero forças policiais instrumentalizadas e como instrumentos de ações de propaganda do Governo", disse o líder liberal.