O Bloco de Esquerda apresenta, dia 20 de março, uma proposta de criação de um imposto sobre determinados serviços digitais, que visa taxar as multinacionais, como a Google ou a Facebook, que "quase não pagam impostos e escolhem os territórios com menos fiscalidade".
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Em Aveiro, no encerramento das Jornadas Parlamentares do partido, os bloquistas deram conta conta de que o imposto proposto pelo BE pretende que a riqueza produzida no nosso país seja tributada e que pague impostos em Portugal, e será aplicado a empresas com volume de negócios acima dos 750 milhões de euros.
"A Comissão Europeia já criou o Digital Tax Package, mas é preciso uma escolha política para materializar o imposto", diz Pedro Filipe Soares. O líder parlamentar refere que o que impede o avanço desta taxa a nível europeu é a pressão exercida pela Alemanha e pelos países nórdicos.
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Do valor retido será criado um fundo para apoiar a imprensa e a literacia para os media.
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Este imposto poderia significar para Portugal um encaixa de 60 milhões de euros, pela cobrança de uma taxa a multinacionais que geraram, nos últimos tempos, novas formas de negócio e novas atividades económicas, que vieram quebrar mercados tradicionais, como o da publicidade, do qual se alimentavam os meios de comunicação tradicionais.
Este imposto prevê que "a riqueza produzida no nosso país seja tributada e que pague impostos em Portugal. Com isso garantiremos que não seremos, mais uma vez, espoliados por multinacionais. Se o imposto for aprovado será aplicado a empresas com volume de negócios acima dos 750 milhões de euros e o valor encaixado, que em Portugal pode significar um encaixe de 60 milhões de euros, servirá para criar um fundo para apoiar a imprensa, promover a literacia digital e combater as fake news", avança.