Incêndios: Montenegro anuncia 45 medidas, plano para 25 anos e apoios de 100% até 250 mil euros na reconstrução de casas
Luís Montenegro falava em conferência de imprensa após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, onde foram aprovadas medidas de apoio às populações afetadas pelos incêndios florestais
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O primeiro-ministro disse esta quinta-feira querer consensualizar na Assembleia da República um pacto para a gestão florestal e proteção do território e reconheceu que “nem tudo correu bem” no combate aos incêndios. Luís Montenegro anunciou também 45 medidas, um plano até 2050 e apoios de 100% até 250 mil euros na reconstrução de casas ardidas, sendo que desce para 85% quando o valor é superior a este.
Luís Montenegro fez estes anúncios em conferência de imprensa após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em Viseu, para aprovar medidas de apoio às populações afetadas pelos incêndios florestais.
O primeiro-ministro afirmou que, nessa reunião, o executivo aprovou um plano de intervenção para as florestas de 2025 a 2050, que irá agora remeter à Assembleia da República para “a realização de um debate sobre o seu conteúdo”.
Segundo Luís Montenegro, o objetivo desse debate é “consensualizar um verdadeiro pacto para a gestão florestal e a proteção” do território nacional.
“E vamos também enviar este documento à Comissão Europeia, na sequência da conversa que mantive hoje com a presidente da Comissão Europeia, com vista a integrar muitas das suas medidas e ações no financiamento que a Comissão Europeia está disponível para dar aos Estados-membros que promovam políticas de prevenção”, frisou.
Na sua declaração inicial, Luís Montenegro disse ser “extremamente sensível às frustrações” dos portugueses e reconheceu que, apesar de o país ter “o maior dispositivo de sempre”, nem “tudo correu e corre bem” e “nem sempre se conseguem evitar estes incêndios de grande dimensão e de grande duração”.
“O Governo deu prioridade à proteção da vida das pessoas e das habitações das famílias dos nossos concidadãos. Não estivemos no teatro de operações, mas estivemos sempre perto e sempre próximos daqueles que têm a direção operacional e que estão a conduzir as tarefas de combate aos incêndios”, afirmou.
