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O CDS diz estar espantado com o "passa culpas público" e deixa recado ao primeiro-ministro. PSD diz que tudo "é uma confusão pegada" referindo-se às várias conclusões sobre Pedrógão Grande.
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O CDS diz estar estupefacto com o "passa culpas público" sobre o que se passou em Pedrógão Grande.
Ouvido no Fórum TSF, o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, comentou a divulgação dos vários relatórios sobre o incêndio de Pedrógão Grande, com várias conclusões, para dizer que as "acusações" de entidade para entidade fazem parecer que "não temos governo".
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Nuno Magalhães defende que todas as entidades têm uma tutela "e essa tutela, numa primeira análise é da senhora ministra [Constança Urbano de Sousa] mas também do senhor primeiro-ministro". "Quase diria, em tom de apelo, que o senhor primeiro-ministro ponha na ordem a senhora ministra e a senhora ministra ponha na ordem todas estas entidades", adiantou.
Já o PSD considerou que todo o processo relacionado com os incêndios que atingiram o centro do país é "uma confusão pegada", com várias entidades a passarem as culpas.
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Entre os relatórios do SIRESP, da Proteção Civil, da Secretaria-Geral da Administração Interna e do Instituto do Mar e da Atmosfera, Carlos Abreu Amorim fala num caos em que ninguém se entende.
Ouvido no Fórum TSF, o deputado do PSD lembra que os autores dos vários relatórios conhecidos dependem, de forma direta ou indireta, da ministra da Administração Interna.
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Questionado pelo jornalista Manuel Acácio, Carlos Abreu Amorim considerou que a ministra Constança Urbano de Sousa é a responsável pela operacionalidade do sistema mas não pede para já sua demissão. Mas o partido vai pedir explicações à ministra que, esta quarta-feira vai estar na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
João Oliveira, líder parlamentar do PCP, considera que cabe ao Governo assumir as responsabilidades pelo apuramento do que sucedeu no terreno. Ouvido no Fórum TSF, o deputado defendeu que é preciso tirar consequências das conclusões que já são conhecidas.
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Questionado sobre a criação de uma comissão independente para analisar o que se passou em Pedrógão Grande, João Oliveira disse que a criação desta comissão "pode até servir de pretexto" para travar o objetivo que é agir.
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Por seu turno, o Bloco de Esquerda, pela voz de Pedro Soares, aconselha o governo a ter um plano de emergência para resolver, sem demoras, os problemas que já foram detetados ao nível das comunicações mas também da cadeia de comando da Proteção Civil.
O deputado lembra que ainda há muito verão pela frente e que o governo precisa de dar garantias aos portugueses de que podem confiar.
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Apesar destas preocupações, Pedro Soares não defende demissões na Autoridade Nacional de Proteção Civil dizendo que "colocar a resolução dos problemas ao nível da demissão é simplista de mais".
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