"Integridade." Alberto Martins apoia candidatura de Seguro e lembra que PS unido fez Soares e Sampaio "triunfarem"
José Luís Carneiro, até agora candidato único à liderança do PS, avisou que as eleições presidenciais não são a prioridade, mas a candidatura de António José Seguro está na estrada. Depois de João Soares, agora também Alberto Martins, antigo ministro de António Guterres, manifesta o apoio a Seguro
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Alberto Martins foi ministro da Reforma do Estado e da Administração Pública e, mais tarde, da Justiça e também líder parlamentar do PS, mas foi o jovem estudante que, em 1969, levantou a voz com um 'Peço a palavra' perante o então Presidente Américo Tomás, levando a que outras mais de mil vozes exigissem falar pelo meio de uma crise académica que de Coimbra deu sinal de resistência perante a ditadura. O antigo governante declara este domingo o apoio à candidatura de António José Seguro, invoca a “idoneidade cívica, a experiência política e integridade” e avisa o PS que, no passado, o apoio a uma candidatura única deu frutos, como aconteceu com a eleição de Mário Soares e de Jorge Sampaio.
“Triunfaram quando o PS se uniu em defesa dos seus valores e de uma candidatura única,” lembra Alberto Martins, na nota a que a TSF teve acesso.
O antigo ministro considera que Seguro afirmou-se pela “exigência, ponderação e lucidez nos cargos que ocupou” tanto no Parlamento nacional, Europeu, no Governo e também à frente do PS, qualidades que na leitura de Alberto Martins o qualificam para o desempenho de alto cargo de Presidente da República.
O antigo ministro lembra ainda que, enquanto esteve afastado da vida política e partidária ativa, António José Seguro “soube manter uma atitude de intocável distância e dignidade cívica".
Alberto Martins considera que o Presidente da República deve ser “uma personalidade inspirada e inspiradora” que contribua para as necessárias mudanças que o país precisa.
O antigo governante cita ainda a capacidade de Seguro de diálogo e rigor de procedimentos para alertar, sem citar nomes, que a situação atual exige que os valores de Abril “não possam ser postos em causa por lideranças institucionais conservadoras e autoritárias".