O Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz que aceitar presentes não tem nada de errado.
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Pedro Nuno Santos assume que já aceitou alguns presentes, mas não mais que uns concertos e uma final de futebol. Quanto aos colegas de governo que se demitiram, assume que, no lugar deles, teria feito o mesmo.
Não tem nada de errado, mas a sociedade mudou a forma como perceciona este tipo de prendas. Foi por isso, explica o Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que o Governo decidiu criar um código de conduta que regule os presentes que os titulares de cargos políticos podem ou não podem receber.
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Na semana em que três secretários de estado pediram a exoneração a António Costa, no âmbito do Galpgate, Pedro Nuno Santos admite que ele próprio já assistiu "a festivais de música e fui assistir a uma final da supertaça. Mas não tenho por hábito assistir a jogos de futebol.".
Em entrevista à TSF, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares mantém que os colegas de governo, que se demitiram, não fizeram nada de errado mas compreende que "a condição de arguidos não é compatível com os cargos que estavam a ocupar".
Mas, se o Governo não vê nenhum problema em que se aceitem viagens e bilhetes para ao estádio, porque decidiu criar um código de conduta? Pedro Nuno Santos explica que tem tudo a ver com uma mudança da sociedade. "A conduta de quem exerce cargos públicos e a forma como é percecionada vai evoluindo e a reação hoje é diferente da que era no passado", explica o secretário de Estado.