Sampaio da Nóvoa, em entrevista à TSF, não assume frontalmente que defende a saída de Carlos Costa do Banco de Portugal, até porque essa é uma área da competência do governo, mas sempre vai dizendo que "começam a ser demasiados casos, primeiro o BES e agora o Banif, debaixo do mesmo Governador".
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O candidato presidencial diz ainda que há dois aspetos graves no caso Banif, "o atraso que se deu nesta matéria, e que ficou a dever-se ao querer assegurar uma saída limpa, e a processos eleitorais em curso", e depois a questão da transparência nas decisões, uma questão considerada essencial à qualidade da democracia, na opinião de Sampaio da Nóvoa.
O antigo reitor da Universidade de Lisboa defende que "a política deve ser feita de forma mais transparente", e que o país "não pode aceitar que haja decisões em que nos ocultam dados, em que nos ocultam informações".
Admitindo que "existe um problema com a regulação do sistema bancário", e concordando com a intervenção de António Costa, que propôs a retirada dos poderes de resolução ao Banco de Portugal, Sampaio da Nóvoa considera que "há um problema mais amplo, que é a transparência do sistema democrático e das nossas decisões em democracia".
Quanto às presidenciais, e à longa distância que o separa de Marcelo Rebelo de Sousa nas sondagens, o candidato diz-se absolutamente convencido de que vai ser possível forçar uma segunda volta, e que "aí tudo começa do zero, são umas eleições completamente novas", defende.
Sampaio da Nóvoa confessa que todos os estudos que tem feito demonstram ser possível chegar a uma segunda volta com Marcelo Rebelo de Sousa, e que estar agora a 4 ou 5 pontos percentuais desse objetivo só revela que ele é atingível.