O secretário-geral do PCP espera por "apuramento da verdade", e por "consequências" para os responsáveis, no caso de Tancos.
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Jerónimo de Sousa manifestou hoje confiança no trabalho das "forças de investigação criminal" e da comissão parlamentar de inquérito que está a ser preparada, para que seja "possível encontrar a verdade" sobre o caso do roubo de Tancos e respetivo encobrimento da encenação para a recuperação das armas, considerando ainda que devem tirar-se "todas as consequências".
"Dê-se força à investigação criminal, faça-se um inquérito, apurem-se as responsabilidade e tirem-se daí todas as consequências", afirmou o secretário-geral do PCP, a falar em Bruxelas, à margem de uma reunião em que participou no Parlamento Europeu.
Jerónimo de Sousa acredita que "é possível encontrar a verdade e dar visibilidade a todo o processo, muito nebuloso. Penso que todos estaremos de acordo de que é necessário esse apuramento da verdade, para que não se transforme num folhetim permanente, sem respostas concretas".
Prolixo
Questionado sobre a suposta "ansiedade" de Marcelo Rebelo de Sousa e sobre se este já falou em demasia sobre o caso de Tancos, Jerónimo responde "não tenho que me pronunciar", embora considere que "o Presidente da República é muito prolixo".
Agora "se ele fala muito [ou] se fala pouco?, naturalmente é questionado [e] procurará responder" e sobre isso não fez "um juízo de valor sobre se fala muito ou se fala pouco. Ele lá sabe", afirmou.
"Creio que a sua posição de exigência de apuramento da verdade, de dar curso à investigação criminal [e] ter afirmado sempre essa questão, identificando-nos com esse objetivo", frisou Jerónimo de Sousa, enquanto espera para "ver como sai esse apuramento da verdade".
Sobre as declarações mais recentes e da suposta sugestão do primeiro-ministro para que Marcelo contenha a "ansiedade" sobre o caso e sobre as subsequentes explicações à declaração de António Costa, Jerónimo entende afirma que o essencial dos "elementos" relacionados com o roubo de Tancos mantém-se.
"As declarações não alteram a nossa posição de fundo, designadamente em relação à necessidade de aprofundar a investigação criminal, particularmente, em torno de saber quem roubou e porque é que roubou. Acho que isso são dois elementos importantes", afirmou.