João Ferreira atira a Leitão e Moedas: "Quem não tem estofo para debates exigentes mais dificilmente terá para governação"
Ao contrário de outros candidatos, João Ferreira acredita que a campanha autárquica tem abrangência suficiente para integrar qualquer assunto que esteja relacionado com direitos humanos: "Perante o genocídio de que aquele povo [palestiniano] está a ser vítima, ninguém deve ficar calado"
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O candidato da CDU à Câmara Municipal de Lisboa, João Ferreira, deixa esta segunda-feira um alerta aos adversários Alexandra Leitão e Carlos Moedas: "Quem não tem estofo para debates exigentes mais dificilmente terá para governação."
Em declarações à TSF, o comunista explica que o aviso surge pela forma como os candidatos aproveitam os debates para os quais não foi convidado e não comparecem quando o podiam enfrentar.
"Ontem à noite estiveram os dois [Carlos Moedas e Alexandra Leitão] num espaço de televisão onde, não estando eu - porque não fui convidado para estar -, acabei por ser tema de conversa. Hoje, quando podiam falar diretamente comigo, os dois fugiram ao debate", lamenta.
O candidato à câmara de Lisboa sublinha, por isso, que a campanha e debates eleitorais são "exigentes" e nota que nem todos conseguem reunir os requisitos suficientes para fazer frente à situação.
"Eu percebo que uma campanha eleitoral é exigente, os debates são exigentes, mas quem não tem estofo para uma campanha e debates exigentes mais dificilmente terá estofo para as exigências de uma governação da cidade durante quatro anos", argumenta.
Por outro lado, e ao contrário de outros candidatos, João Ferreira acredita que a campanha autárquica tem abrangência suficiente para integrar qualquer assunto que esteja relacionado com direitos humanos, como é o caso da flotilha humanitária que se dirigia a Gaza.
"Perante o genocídio de que aquele povo está a ser vítima, ninguém deve ficar calado", ressalva o comunista.
O comunista defende, assim, que Lisboa, enquanto capital de Portugal, deve associar-se a "valores universais", dando como exemplos os direitos humanos e o direito internacional.
"Nós procuramos fazer isso ao longo do último mandato: por diversas vezes, a câmara associou-se de forma simbólica a iniciativas que visaram manifestar solidariedade com o povo da Palestina, exigir a interrupção imediata do genocídio de que está a ser alvo e defender a solução de dois Estados", assinala.