Deputado municipal renunciou ao cargo contra a "política de aparelho" partidário.
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José Eduardo Martins, deputado municipal do PSD em Lisboa, juntou-se ao coro de vozes discordantes no seio do partido. Na rede social Facebook, anunciou a renúncia ao mandato na assembleia municipal de Lisboa e garante que não volta a ser candidato "sem ter a certeza de poder honrar" o voto dos eleitores.
Na publicação feita na rede social, o deputado revela que suspendeu o mandato na sequência de vários casos, que define como "política de aparelho" partidário e "trocas de influências". Na opinião de José Eduardo Martins, estes casos atingiram "profundamente a imagem e a credibilidade" dos lisboetas no partido.
Nesta mensagem, José Eduardo Martins acusa o PSD de não ter feito nada acerca destes assuntos, defendendo que o partido "não quis fazer uma opção de corte com determinado tipo de práticas e demonstrou preferir ser complacente com alguns protagonistas que estão mais interessados em criar e manter redes de poder interno do que em servir um projeto coletivo ao serviço do bem comum".
Por estas razões, a suspensão que tinha sido pedida em outubro de 2017 evoluiu para a renúncia definitiva. Nas eleições autárquicas do ano passado, José Eduardo Martins foi o número um da lista do PSD à Assembleia Municipal, quando o partido foi a votos com Teresa Leal Coelho como candidata à câmara. Este ato eleitoral deu ao PSD o pior resultado de sempre na câmara de Lisboa, atrás da lista do CDS, de Assunção Cristas.
Entretanto, foi desencadeada a chamada operação "Tutti Frutti", que envolve vários autarcas do PS e do PSD nas freguesias de Lisboa, e que investiga suspeitas de favorecimento entre as autarquias, os partidos e os militantes.
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