O Parlamento aprova, esta sexta-feira, os diplomas do PS para a reversão, de forma faseada em 2016, dos cortes dos salários dos funcionários públicos e ainda para a extinção da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES). No caso dos salários da função pública, o PCP vai apresentar um projeto próprio que terá voto contra dos socialistas.
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O PS vai votar contra a proposta dos comunistas relativas à reversão dos cortes salariais no próximo ano, mas por saber está a forma como vão os comunistas votar as propostas socialistas. Apesar da incógnita, parece certo, no entanto, que o PS não vai precisar dos comunistas para aprovar os dois diplomas.
As bancadas do Bloco de Esquerda, o Partido Ecologista Os verdes e o PAN - Pessoas, Animais e Natureza - garantem o voto favorável às propostas socialistas quer para a reversão, de forma faseada no próximo ano, dos cortes dos salários dos funcionários públicos quer para a extinção da Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES).
No total, e sem contar com os votos dos deputados do PCP, que ainda não revelou o sentido de voto, contabilizam-se 108 deputados ou seja mais um do que o conjunto dos deputados do PSD e do CDS. Com este número, o PS vai conseguir aprovar os dois diplomas mesmo que os comunistas se abstenham.
A proposta do PCP em relação à reversão dos cortes aplicados pelo anterior governo aos salários dos funcionários públicos prevê uma reposição integral e imediata desses cortes já no início de 2016. Uma proposta que, confirmou a TSF junto de fontes parlamentares, não vai ter o aval dos socialistas que propõem, por sua vez, que a devolução seja feita de forma gradual ao longo do ano.
Quanto à proposta de extinção da CES, o PS propõe que seja feita em dois anos enquanto o PCP propõe a extinção da medida já em 2016, mas é certo que o parlamento também vai dar luz verde à proposta socialista.
Durante o dia de ontem, quinta-feira, Carlos César, líder parlamentar do PS já tinha dito confiar que seriam aprovadas "todas as iniciativa em que o PS está envolvido".